Alarme na áfrica austral: 10 milhões de pessoas ameaçadas pela fome
Os dirigentes da África austral, reunidos em Gabarone, no Botswana, pedem ajuda urgente
para 10 milhões de pessoas, vítimas da seca, ameaçadas pela fome.
"A cimeira tem lugar no momento em que a maior parte da região está confrontada com
uma seca devastadora”, declarou o presidente do Botswana, Festus Mogae, na abertura
do 25º aniversário da Comunidade de Desenvolvimento da África austral (SADC).
“Muitos países precisam de uma ajuda alimentar de urgência”, acrescentou, apelando
à comunidade internacional “para prover uma assistência que seja proporcional com
a vastidão das necessidades”. Agindo com rapidez, poder-se-á evitar um desastre humanitário.
A região é flagelada pela pobreza e pela SIDA. A cimeira tem como pano de fundo a
crise do Zimbabwe, um dos membros fundadores do SADC e dirigido há 25 anos por Robert
Mugabe, acusado de violar os direitos fundamentais, de ter falsificado as eleições
e de conduzir o país à ruína. O ex-presidente moçambicano, Joaquim Chissano, foi mandatado
pela União Africana de tentar instaurar o diálogo entre Robert Mugabe e a oposição.
A crise económica deste país está a afectar o desenvolvimento de toda a região.
Criado em 1980 em Lusaka, o SADC agrupa a África do Sul, Angola, Botswana, Lesoto,
Malawi, Moçambique, Maurícias, Madagáscar, Namíbia, República Democrática do Congo,
Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe.