Presidente da CNBB vai responder á carta do Presidente Lula da Silva
O presidente da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), Cardeal Geraldo Majella
Agnelo, irá responder oficialmente à carta enviada pelo presidente Lula da Silva,
por ocasião da 43ª Assembleia Geral do organismo episcopal.
O porta-voz da assembleia, Pe. Valdir José de Castro, explicou em comunicado que “a
resposta à carta enviada pelo Presidente da República será dada pelo próprio presidente
da CNBB, uma vez que a mensagem foi enviada ao presidente da CNBB, pessoalmente, e
lida aos bispos reunidos na 43ª Assembleia Geral”.
Ontem, em conferência de imprensa, D. Luciano Mendes de Almeida falou sobre o escândalo
de corrupção que abala o país e assegurou que “não se pode fugir do problema”.
A crise política domina os trabalhos da 43ª assembleia geral da Conferência Nacional
de Bispos do Brasil (CNBB), que se iniciou terça-feira em Indaiatuba, São Paulo. Mais
de 300 Bispos estarão reunidos até 17 de Agosto para os trabalhos da maior conferência
episcopal do mundo.
O presidente brasileiro Lula da Silva enviou uma carta aos Bispos, na qual se mostra
consciente" da situação e assegura que quer apurar a verdade "doa a quem doer". Mobilidade Religiosa
Para além do debate sobre a actual situação política e social do país, a CNBB vai
abordar temas relativos à bioética e os problemas gerados pela “mobilidade religiosa”,
isto é, a passagem de fiéis de uma Igreja para outra. Estas discussões deverão dar
origem a 3 documentos, no final da assembleia.
O encontro tem como tema "Evangelização e profetismo: novos desafios para a missão
da Igreja".
Na conferência de imprensa de ontem, D. Luciano Mendes de Almeida, da Comissão do
Tema Central da 43ª AG, falou sobre a “multiplicidade religiosa” no Brasil, que se
faz sentir apesar da “grande presença católica”.
Nesse sentido, a CNBB promoveu um inquérito sobre a mobilidade humana que, segundo
o prelado, “permite analisar a realidade de forma mais objectiva”.
“Sob o ponto de vista doutrinal, constata-se que são muitas propostas. Como viver
neste pluralismo? Isto exige uma reeducação para conviver com outras Igrejas”, apontou.