Igrejas Orientais preparam festa da "Dormição" de Maria: a celebração corresponde
á Solenidade da Assunção nas igrejas de rito latino
Desde o passado 1 de Agosto e até ao dia 14, as Igrejas orientais, católicas e ortodoxas,
respeitam um período de oração e jejum em preparação para a festa da "Dormição de
Maria", considerada pela Igreja Oriental como a "Páscoa da Mãe de Deus".
A “quinzena da Assunção” e a “Paraclisis”, rito de invocação e súplica a Nossa Senhora,
fazem do mês de Agosto o “Mês de Maria” para as Igrejas do Oriente.
Nas Igrejas latinas, a festa da "Dormição de Maria" corresponde à Solenidade da Assunção
de Maria, que se celebra no próximo dia 15.
Esta é um dogma da Fé católica, definido por Pio XII a 1 de Novembro de 1950, mediante
a Constituição apostólica “Magnificentissimus Deus”.
O Catecismo da Igreja Católica explica que "a Assunção da Santíssima Virgem constitui
uma participação singular na Ressurreição do seu Filho e uma antecipação da Ressurreição
dos demais cristãos” (966).
A Assunção de Maria ocorre imediatamente depois de terminar a sua vida mortal e não
pode ser situada no fim dos tempos, como sucederá com todos os homens, mas tem de
considerar-se como um evento que já ocorreu.
A glorificação celeste do corpo de Maria é o elemento essencial do dogma da Assunção.
Ensina que a Virgem, ao terminar a sua vida neste mundo, foi elevada ao céu em corpo
e alma, com todas as qualidades e dons próprios da alma dos bem-aventurados e com
todas as qualidades e dotes próprios dos corpos gloriosos. Trata-se, pois, da glorificação
de Maria, na sua alma e no seu corpo, quer a incorruptibilidade e a imortalidade lhe
tenham sido concedidas sem morte prévia, quer depois da morte, mediante a ressurreição.
A importância desta solenidade litúrgica em Portugal é tal que ainda hoje a República
Portuguesa a reconhece como dia feriado.