Alerta do Vaticano para a grave crise alimentar na áfrica
O jornal do Vaticano, “L’Osservatore Romano”, dedica a sua primeira página deste dia
28 de julho à crise alimentar no Níger, Burkina Faso, Mauritânia e Mali, fazendo eco
do alerta lançado pela ONU.
O artigo fala numa “dramática emergência” e avisa que a ameaça da fome é cada vez
maior, agravada pelo “duplo flagelo da seca e dos gafanhotos”.
As Nações Unidas acreditam que possam enfrentar esta emergência alimentar - que atinge
um milhão e duzentos mil pessoas - até Setembro, mas, advertem, como recorda o Osservatore
Romano", que estes dados podem ser parciais.
A Confederação mundial da Cáritas, “Caritas Internationalis” deu voz aos pedidos de
ajuda vindos do Níger, assegurando que a grave crise alimentar pode levar a que 3,6
milhões de pessoas venham a morrer por causa da fome e das epidemias.
No Mali, há um milhão de pessoas a necessitar de ajuda alimentar para sobreviver e
fontes da ONU assinalam que no norte do país a mortalidade infantil chegou a níveis
sem precedentes. No Burkina Faso cerca de 500 mil pessoas estão privadas de alimento
e as populações abandonam as aldeias numa “busca desesperada” de qualquer coisa para
comer.
Situação análoga vive-se na Mauritânia, estando em risco ainda outros países da África
subsaariana.