A Santa Sé confirmou a sua adesão à campanha “Control Arms” (Controlar as armas),
promovida pela Amnistia Internacional, a Oxfam e a IANSA. A Campanha internacional
pede “um controlo de armas rígido e eficiente, de modo a aumentar a segurança das
pessoas em relação à ameaça da violência armada”.
A Santa Sé, juntamente com 12 países, juntaram-se a esta iniciativa, na última semana,
procurando impor padrões mínimos comuns para o comércio de armas e evitar que as mesmas
sejam compradas por países em conflito ou nos quais se registem graves violações dos
direitos humanos.
Os promotores da Campanha pedem aos governos de todos os países que dêem passos concretos
para adoptar o Tratado Internacional de Comércio de Armas até à conferência de revisão
sobre armas ligeiras da ONU em 2006. Uma vez em vigor, este novo tratado com força
de lei irá garantir que todos os Estados trabalhem, segundo os mesmos padrões, para
impedir a “transferência irresponsável de armas”.
Neste mesmo mês de Julho, a Santa Sé tinha-se pronunciado junto da ONU contra o tráfico
ilegal de armas ligeiras e de pequeno calibre, considerando-o como “uma série ameaça
à paz, ao desenvolvimento e à segurança”. O representante do Papa advogou mesmo a
criação de um “Tratado sobre o comércio de armas, baseado sobre os princípios fundamentais
do direito internacional, dos direitos humanos e das normas humanitárias”.
O Arcebispo Celestino Migliore, observador permanente da Santa Sé junto das Nações
Unidas, pediu à comunidade internacional que desenvolva “uma estratégia a longo prazo”,
que comporte acções contra os traficantes, mas também às actividades ligadas ao tráfico
de armas, “como o terrorismo, o crime organizado e o tráfico de pessoas, para não
falar do tráfico de droga e de outros tráficos altamente lucrativos”.
Para o representante do Papa, que falava na conferência internacional das Nações Unidas
sobre o comércio ilegal de armas ligeiras e de pequeno calibre, é necessário “um esforço
concertado e sério para promover uma cultura de paz”.