Reunião da comissão bilateral da Santa Sé para as relações religiosas com o hebraismo:
sublinhada a importancia do diálogo entre católicos e hebreus
As relações entre autoridades religiosa e civil nas tradições judaica e cristã: foi
este o objecto de discussão da quinta reunião da comissão bilateral da Santa Sé para
as relações religiosas com o Ebraismo e do Grão Rabinato de Israel para as relações
com a Igreja católica, efectuada em Jerusalém em finais de Junho. Dos resultados do
encontro informou nesta segunda feira um comunicado conjunto que sublinha como finalidade
do diálogo seja antes de mais promover os princípios de santidade e dignidade de cada
ser humano, melhorando a colaboração entre católicos e ebreus.. UM objectivo que Bento
XVI se empenhou a promover na esteira do seu predecessor, João Paulo II do qual foi
recordado o histórico contributo para a reconciliação entre católicos e ebreus.
A discussão centrou-se na responsabilidade do estado em garantir os direitos de todas
as comunidades religiosas. Uma atenção particular foi dedicada á situação e necessidades
das comunidades cristãs na Terra Santa, assim como ás necessidades das comunidades
judaicas no mundo, facilitando a plena igualdade social e politica sem enfraquecer
as identidades particulares
No comunicado assinado pelo Rabino Chefe Shear Yashuv Cohen e pelo Card. Jorge Mejia,
presidentes das duas delegações, são indicados os pontos chave que emergiram durante
a reunião de Jerusalém. A comissão bilateral reafirma que “os valores religiosos são
de uma importância vital para o bem estar do individuo e da sociedade e que o objectivo
da autoridade civil é servir e procurar o bem comum, respeitando a vida e a dignidade
de cada individuo”.
Em tal contexto adverte-se que “embora sublinhando a importância da democracia, ao
mesmo tempo é essencial defender, mediante a lei, a sociedade do individualismo extremo,
e da insensibilidade aos calores culturais e morais das tradições religiosas.
O comunicado afirma ainda que a liberdade de religião deve ser garantida, tanto aos
indivíduos como ás comunidades, da parte das autoridades civis e religiosas. O último
ponto é uma exortação comum a dar exemplo de responsabilidade religiosa nestes âmbitos,
e especialmente a educar as jovens gerações através dos agentes dos grandes meios
de comunicação, e dos canais normais da educação