O Governo israelita aprovou ontem o traçado final do "muro" de separação em redor
de Jerusalém Ocidental, que é previsto ficar concluído até Setembro, segundo fonte
oficial em Israel.
A barreira vai atravessar e separar dois bairros palestinianos, isolando na zona leste
da obra mais de 50 mil residentes de Jerusalém Ocidental.
Apresentada por Israel como um "encerramento anti-terrorista", a barreira, que se
estenderá por mais de 650 quilómetros, é qualificada de "muro do apartheid" pelos
palestinianos porque invade a Cisjordânia e torna problemática a futura criação de
um Estado palestiniano viável. Num parecer formulado em 9 de Julho de 2004, o Tribunal
Internacional de Justiça (CIJ) considerou ilegal a construção desta barreira.