2005-07-07 15:03:05

Inovação e continuidade no Sinodo dos Bispos. Documento base da proxima assembleia, sobre a Eucaristia, apresentado no Vaticano


O Instrumentum Laboris (Instrumento de trabalho) para a assembleia do Sínodo dos Bispos sobre a Eucaristia, no próximo mês de Outubro, foi apresentado esta manhã no Vaticano, em conferência de imprensa.
O Sínodo, convocado por João Paulo II e confirmado por Bento XVI, decorrerá em Roma de 2 a 23 de Outubro, juntando prelados de todo o mundo em redor do tema “A Eucaristia, fonte e cume da vida e missão da Igreja”.
O documento será a base da discussão dos Bispos e foi apresentado em sete línguas: italiano, francês, inglês, alemão, espanhol, português e polaco. No texto são compiladas as respostas ao questionário enviado pelo Vaticano em Março de 2004, ano em que foram ainda publicadas as grandes linhas ( lineamenta ) do Sínodo, para propor uma reflexão comum às forças vivas da Igreja.
A primeira questão abordava o tema “A Eucaristia na vida da Igreja” e perguntava: “Que importância tem, na vida das vossas comunidades e dos fiéis, a celebração da Eucaristia? Qual é a percentagem de participação na Santa Missa dos Domingos, dos dias de semana, das grandes festas do ano litúrgico? Existem estatísticas aproximativas a este respeito?”.

A XI assembleia geral ordinária do Sínodo dos Bispos, em Outubro próximo, vai ser marcada por três ideias fundamentais: colegialidade, inovação e continuidade. 40 anos depois da criação desta instituição permanente (Paulo VI, 15 de Setembro de 1965), os Bispos são desafiados a manter vivo o espírito de colegialidade nascido no II Concílio do Vaticano.
D. Nikol a Eterović, secretário-geral do Sínodo dos Bispos, apresentou em confer ência de imprensa o “Instrumento de Trabalho” (Instrumentum laboris) do Sínodo.
Para discutir a natureza jurídica e teológica do Sínodo, Bento XVI aceitou dedicar uma sessão do encontro de Outubro ao 40º aniversário da criação desta instituição episcopal. Além das assembleias gerais ordinárias, já tiveram lugar 8 Sínodos especiais, seis continentais, um sobre a Holanda e outro sobre o Líbano.
“As intervenções permitirão, por um lado, uma avaliação objectiva do caminho sinodal percorrida sob a orientação do Espírito Santo e, por outro, conselhos para actualizar a metodologia sinodal”, disse D. Eterovi ć.
O objectivo é que o Sínodo dos Bispos se torne “um instrumento cada vez mais eficaz para a comunhão e a colegialidade no seio da Igreja”.
Esta XI assembleia geral do Sínodo será o primeiro grande encontro de Bispos em torno do Papa. Fora convocado por João Paulo II a 12 de Fevereiro de 2004 e no dia 12 de Maio de 2005, o novo Papa confirmou oficialmente a organização deste Sínodo.
Bento XVI também confirmou as nomeações dos presidentes delegados para o Sínodo. Os presidentes são o Cardeal Francis Arinze, prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos; o Cardeal Juan Sandoval Íñiguez, arcebispo de Guadalajara (México); o Cardeal Telesphore Placidus Toppo, arcebispo de Ranchi (Índia).
O seu papel será o de presidir a toda a sessão do Sínodo episcopal, numa ordem estabelecida pelo Papa, que também confirmou como relator geral o Cardeal Angelo Scola, Patriarca de Veneza (Itália), e como secretário especial, D. Roland Minnerath, arcebispo de Dijon (França).
Ao relator geral do Sínodo corresponde sintetizar os pontos convergentes surgidos da primeira fase sinodal - as intervenções de seus participantes - para serem discutidos na segunda fase, durante a qual todos os padres sinodais dividem-se em pequenos grupos. Na terceira fase, o relator geral e o secretário especial recolhem em diferentes fases a lista de propostas que os padres sinodais votam e que no final do Sínodo são entregues ao Papa.
Estas propostas constituem a base para a redacção da exortação apostólica que o Papa escreve como conclusão dos Sínodos.







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