2005-07-03 16:27:33

Apelo de Kofi Annan ao G8: os paises ricos não esqueçam os pobres






O secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, apelou sexta-feira, em Edimburgo, aos dirigentes dos oito países mais ricos do mundo para não esquecerem os pobres durante a cimeira do G8, entre os próximos dias seis e oito, na Escócia.
Os pobres precisam de vocês, não os esqueceis”, exortou Kofi Annan à chegada a Edimburgo.
“Espero que a atenção dada actualmente a África e0 ao combate contra a pobreza ajude a fazer avançar as coisas”, acrescentou o secretário-geral da ONU.
“Há já esforços encorajadores. Os membros da União Europeia mais ou menos duplicaram as suas ajudas e metade destas foram a favor de África”, lembrou Annan, que recebia sexta-feira um título honorífico no Colégio real dos cirurgiões em Edimburgo.
Os dirigentes dos oito países mais ricos (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Japão, Itália, Reino-Unido, Rússia) vão debater a pobreza em África e o clima na cimeira de Gleneagles, a 70 quilómetros a norte de Edimburgo, entre quarta e sexta-feira.
Por outro lado, o Sudão não deve beneficiar de qualquer ajuda financeira devido à “situação catastrófica dos direitos humanos” ligada ao conflito do Darfur, considerou a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros alemã, Kerstin Muller. “Os Estados-membros do G8 vão enviar na próxima semana um sinal político claro ao Sudão de que ele tem de fazer cessar os combates no Darfur e encontrar uma solução política para o conflito”, refere uma declaração distribuída por Kerstin Muller a jornalistas alemães em vésperas da cimeira do G8.
A situação sofreu uma escalada de guerra no Darfur desde Fevereiro de 2003 na sequência de uma rebelião de grupos locais que se sublevaram em defesa de etnias africanas negras contra a marginalização imposta pelo governo de Cartum, dominado por árabes. Desde o início da guerra, entre 180.000 e 300.000 pessoas terão morrido nesta região da parte ocidental do país, muitas delas devido à fome ou doenças, e 2,4 milhões de pessoas foram deslocadas, enquanto 200.000 outras fugiram para o vizinho Chade.
A responsável reiterou, além disso, que o governo sudanês deve cooperar com o Tribunal Penal Internacional da Haia encarregado de julgar os crimes de guerra no Darfur.







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