Reforma das Nações Unidas: cimeira na Libia segunda e terça feira
A reforma da ONU, nomeadamente a candidatura de dois países africanos a membros permanentes
do Conselho de Segurança e a ajuda ao desenvolvimento dominam a V Cimeira da União
Africana de segunda e terça-feira em Sirte, na Líbia. De acordo com o vice-ministro
líbio dos Negócios Estrangeiros, Ali Triki, o Conselho para a Paz e Segurança da UA
vai apresentar na cimeira um relatório sobre a reforma das Nações Unidas. De acordo
com diplomatas africanos junto da ONU, os 53 países que compõem a organização panafricana
podem ter uma “voz decisiva” no projecto de reforma apresentado pela Alemanha, Brasil,
Índia e Japão de criação de seis novos assentos permanentes no Conselho de Segurança,
sem direito de veto, quatro para os autores da proposta e dois para países africanos.
Para que seja aprovada a proposta, que prevê um conselho a 25 membros contra os actuais
15, dos quais cinco permanentes com direito de veto, é necessário o voto favorável
de pelo menos dois terços dos membros a ONU, ou seja 128 em 191. O grande desafio
colocado aos líderes africanos nesta cimeira é, no entanto, chegarem a acordo acerca
dos dois países a propor para ocupar os assentos permanentes, dado que há sete interessados
- África do Sul, Egipto, Nigéria, Angola, Gambia, Quénia e Senegal.