Liberdade religiosa ameaçada em todo o mundo: publicado o relatorio 2005 de "Ajuda
á Igreja que sofre".
A Fundação “
Ajuda à Igreja que Sofre
” (AIS) apresentou nesta quinta feira em Roma o relatório de 2005 sobre a liberdade
religiosa no mundo, no qual revela que esse direito está ameaçado um pouco por todo
o globo, desde a China à Turquia, da Nigéria a Cuba, passando também por França, Espanha
e Suécia,
O documento denúncia episódios de intolerância “étnico-religiosa”, relações tensas
entre governos e Igrejas, “tendências laicistas”, mas apresenta também exemplos positivos
de convivência entre as várias religiões e iniciativas legislativas que tutelam “a
liberdade de culto”.
A nova publicação foi apresentada à imprensa na Câmara dos deputados italianos, com
a presença do Cardeal Renato Martino, presidente do Conselho Pontifício Justiça e
Paz. O Relatório 2005 funda-se sobre informações directas, testemunhos, documentos
oficiais, artigos de imprensa e informações fornecidas pelas organizações de defesa
dos direitos humanos.
A situação na China é classificada como “extremamente grave”, sendo considerada “grave”
em países como a Nigéria, Uganda, Colômbia e Cuba.
A Turquia é acusada de não respeitar suficientemente as minorias religiosas e à Espanha
aponta-se a “degradação” das relações entre a Igreja Católica e o Estado.
A França é denunciada por “abordagens laicistas por parte da República nas suas relações
com grupos e manifestações religiosos” e a Suécia é criticada pelo caso do pastor
protestante Aake Green, preso durante 30 dias por se ter manifestado contrário às
uniões homossexuais.
Sobre a Europa diz-se ainda que, 15 anos depois da queda do império soviético, o ateísmo
não deixou de crescer, apresentando como caso emblemático a Bielorússia, “onde o controlo
estrito do Estado sobre qualquer expressão de culto tende a sufocar o sentimento religioso
da população”.
A
AIS
aponta ainda o dedo às “perseguições” conta os denominados “infiéis” no Irão, Paquistão
e Arábia Saudita.