Igreja católica pede ajuda para a população do Togo
A crise humanitária que se vive no Togo continua a agravar-se de dia para dia, perante
a apatia da comunidade internacional. O alerta é lançado por missionários italianos
presentes no país, que asseguram que o país “parece estar à mercê de tudo e de todos”.
Fontes da Igreja local têm referido que o Togo se pode converter num novo Ruanda,
pedindo que, desta vez, “a comunidade internacional assuma as suas responsabilidades”.
O próprio Bento XVI, no passado dia 1 de Maio, se referiu à situação no Togo, manifestando
a sua proximidade “às queridas populações” do país.
Os tumultos começaram após a divulgação dos resultados das eleições presidenciais
de Abril, que atribuíram a vitória a Faure Gnassingbé, filho do presidente Gnassingbé
Eyadema, que morreu a 5 de Fevereiro passado.
“A mudança esperada não aconteceu e o clima de tensão que se seguiu provocou 850 mortos,
pelo menos, e mais de 30 mil deslocados”, referem os missionários italianos à agência
Sir.
Num país em que a esperança média de vida não ultrapassa os 48 anos, a Igreja Católica
não desiste de “dar a conhece à opinião pública o momento aparentemente sem solução
que se está a viver”.