2005-06-23 11:09:41

Audiência geral


“Caros amigos, Saúdo cordialmente os ouvintes de língua portuguesa, em especial os presentes aqui na Audiência: os peegrinos de Portugal, com um grupo de famílias do Patriarcado de Lisboa; alguns visitantes de Guimarães e de Fátima e, enfim, um grupo de brasileiros de diversas procedências. Sede bem-vindos! Agradeço de coração a vossa presença. Peço ao Todo Poderoso que leveis deste encontro a consciência da dignidade da vossa vocação de cristãos, e da responsabilidade de serem Igreja. Que Deus vos abençoe e vos proteja!”
Esta a saudação pronunciada em português por Bento XVI, na audiência-geral desta quarta-feira de manhã, na Praça de São Pedro, perante mais de 30 mil peregrinos, sob um tórrido sol de verão.
Nas saudações finais, em língua italiana, referindo-se à presença dos membros do Conselho especial para a África do Sínodo dos Bispos, reunidos nestes dias em Roma, o Papa confirmou a sua intenção de, na sequência da decisão já tomada, em 13 de Novembro passado, por João Paulo II, convocar a II Assembleia Especial para a África do Sínodo dos Bispos.
“Alimento grande confiança em que tal Assembleia assinale, no continente africano, mais um impulso à evangelização, à consolidação e ao crescimento da Igreja e à promoção da reconciliação e da paz”.
A catequese do Papa teve como objecto, desta vez, o Salmo 123, que a Igreja utiliza na oração litúrgica das Vésperas. Bento XVI sublinhou que se trata de um “cântico de louvor que a comunidade em oração faz subir até Deus pelo dom da sua libertação”.
Há antes de mais a imagem das vagas furiosas, símbolo bíblico do caos, do mal e da morte que domina. Aquele que reza tem a impressão de encontrar-se numa praia, milagrosamente salvo do furor impetuoso do mar. A vida do homem está cercada das armadilhas dos maus que, não só atentam à sua existência, mas querem também destruir todos os valores humanos. Mas o Senhor protege o justo e salva-o. Passa-se depois à imagem de uma cena de caça, com a evocação de uma fera salvagem que domina a sua presa, ou da rede de um caçador que captura uma ave. O Salmo faz-nos compreender que o destino dos fiéis se transforma radicalmente graças à intervenção salvífica.
A oração torna-se um respiro de alívio que sobe do profundo da alma: é quando vêm a faltar todas as esperanças humanas que se pode manifestar a potência de Deus.







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