2005-06-07 11:52:08

Relatório sobre imigrantes, no centenário de João Baptista Scalabrini


Segundo as Nações Unidas, há 175 milhões de migrantes (metade dos quais mulheres) que deixam as suas terras por razões económicas. Nenhum país ao mundo se encontra, ao abrigo deste fenómeno, como país de partida ou como país de destino. Os Estados Unidos (com 35 milhões de imigrantes) e a Federação Russa (13,3 milhões), são os países mais afectados. Seguem-se a Alemanha (7,3 milhões), Ucrânia (6,9), França, (6,3), Índia (6,3), Austrália (4,7) e Paquistão (4,2 milhões).
A África regista 16,2 milhões de imigrados (90 % dos quais na África subsariana), correspondendo a 2,1 % da população total e a menos de 1/10 dos migrantes do mundo. O fenómeno é especialmente agudo em dois países: Costa do Marfim, com 2 milhões e 236 mil imigrantes; Burkino Faso, com um milhão e 124 mil.

Variadas são as motivações que levam tantas pessoas a deslocarem-se de um país para outro, mas é sobretudo a necessidade de assegurar o sustento da família a pesar nesta decisão. A Organização Internacional do Trabalho (OMT) considera que na base do fenómeno se encontram as transformações demográficas e as flutuações do mercado do trabalho em muito países industrializados, em contraste com a crise e o desemprego nos países pobres. Mas há também as redes e contactos estabelecidos ao longo do tempo entre os diferentes países, graças aos elos famliares, culturais e históricos.

Num Relatório preparado, sobre esta temática, por ocasião do centenário da morte do Bem-aventurado João Baptista Scalabrini (que tanto se dedicou ao serviço dos imigrantes), para além de alguns destes dados, fala-se também da imigração clandestina, recordando-se que se trata de um fenómeno extremamente complexo sobre o qual não existem números precisos, seguros.
Relativamente ao número de mulheres e crianças (ou adolescentes) vítimas de um verdadeiro tráfico internacional, os cálculos existentes falam de 700 mil a dois milhões. Por outro lado, calcula-se que cerca de 500 mil pessoas entram todos os anos nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, ao passo que no que diz respeito à União Europeia a cifra indicada oscila entre os 120 mil e os 500 mil por ano. A introdução clandestina de migrantes é um “comércio” profícuo que gera biliões de dólares, sobretudo para as organizações criminosas.







All the contents on this site are copyrighted ©.