2005-06-03 12:13:38

Bento XVI em defesa da vida e dos direitos humanos, numa mensagem á UNESCO


Numa mensagem enviada ao colóquio “Cultura, razão e liberdade”, que decorreu na sede da UNESCO em Paris, Bento XVI pronunciou-se em defesa da vida e dos direitos humanos. O Papa afirmou a “dignidade inalienável de cada ser humano, desde a sua concepção até ao fim natural”, num texto que homenageia, por diversas vezes a vida e obra de João Paulo II.
A mensagem do Papa foi lida pelo Cardeal francês Jean-Louis Tauran, em Paris, na iniciativa que pretendeu comemorar os 25 anos do histórico discurso ali pronunciado por João Paulo II.
Na sua missiva, Bento XVI recorda que o falecido Papa sempre pediu ao mundo que construísse a paz “começando pelo fundamental: o respeito de todos os direitos humanos, os que estão ligados à sua dimensão material e económica, bem como os que estão ligados à dimensão espiritual e interior da sua existência neste mundo”.
“O desafio permanente da Igreja é o de anunciar a novidade libertadora do Evangelho a todo o homem, indo ao seu encontro em tudo o que faz a sua existências e exprime a sua humanidade”, indica.
O actual Papa sublinha que “num mundo submetido às fortes exigências da globalização das relações económicas e mais ainda da informação, importa de forma premente mobilizar as energias da inteligência, para que sejam reconhecidos em todo o lugar os direitos do homem à educação e à cultura, especialmente nos países mais pobres”.
“Neste mundo onde o homem deve aprender, cada vez mais, a reconhecer e respeitar o seu irmão, a Igreja quer dar a sua própria contribuição à comunidade humana, esclarecendo, de uma maneira aprofundada, a relação que une cada homem ao Criador de toda a vida e que fundamenta a dignidade inalienável de cada ser humano, desde a sua concepção ao seu fim natural”, acrescenta.
Bento XVI deixa um apelo para que seja levada a cabo “uma verdadeira política da cultura, que procure preservar as identidades culturais, tantas vezes ameaçadas por relações de forças económicas e políticas, mas também que promova a expressão da cultura do homem em todas as dimensões do seu ser”.
Aludindo ao legado deixado pelo seu predecessor, Bento XVI assegura que “todos podemos sentir, hoje em dia, um profundo reconhecimento para com o Papa João Paulo II, que fortalecido pela sua experiência pessoal e cultural, sempre sublinhou no seu ensinamento o lugar central e insubstituível do homem, bem como a sua dignidade fundamental, fonte de direitos inalienáveis”.







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