"Motu proprio" sobre a basílica de São Paulo fora de muros

Com a data de 31 de Maio, Bento XVI publicou o Motu proprio “A antiga e venerável Basílica”, com novas normas para um renovado exercício do culto na pontifícia basílica de São Paulo Fora de Muros. Em conformidade com as novas disposições, o Santo Padre nomeou um Arcipreste para esta basílica: o arcebispo D. André Cordero Lanza di Montezemolo, de 79 anos, que foi Núncio apostólico em Israel, e também em Itália.

Recordando que a Basílica de São Paulo fora de Muros “sempre teve especial importância na história da cristandade, juntamente com as outras três basílicas maiores de Roma, meta de numerosas peregrinações, particularmente por ocasião dos Anos Santos”, Bento XVI o Pontífice não esquece que “ao lado da basílica existe, desde há treze séculos, a prestigiosa Abadia da mesmo nome, dos Monjes Beneditinos”.
Com o Tratado de Latrão, de 1929, toda esta área goza de uma estututo jurídico específico, segundo as normas do direito internacional. Bento XVI explica que este Motu proprio contribui para “clarificar e definir os principais aspectos da gestão pastoral e administrativa do complexo de São Paulo fora dos Muros”, confirmado como “ente canõnico com personalidade jurídica pública”. E estabelece que, como no caso das outras três basílicas maiores, lhe corresponda um Arcipreste nomeado pelo Romano Pontífice.

“Em tempos recentes – afirma ainda o documento – a Santa Sé demonstrou particular interesse em promover na Basílica, e no âmbito da Abadia, o desenrolar de especiais acontecimentos de carácter ecuménico”. Será portanto tarefa dos monjes (adverte o Papa) “organizar, coordenar e desenvolver tais programas, com a ajuda também de confrades Beneditinos de outras Abadias e de acordo com o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos.

A concluir, o Papa sublinha ainda a importância de que, também nesta basílica maior, “se assegure o ministério da Penitência a favor dos fiéis que a frequentam”, confirmando que “a administração do sacramento da Penitência continue confiado à cuidadosa atenção dos Penitenciários, escolhidos entre os Monjes Beneditinos”.