2005-06-02 09:55:49

Bento XVI critica idolatria do poder e do dinheiro


Na sua paixão e morte, Cristo testemunha a sua adesão livre e consciente ao querer do Pai, como se lê na Carta aos Hebreus: ‘Embora sendo Filho, aprendeu a obediência das coisas que sofreu’.” “Em Cristo, a forma divina esconde-se sob a forma humana, ou seja, sob a nossa realidade humana marcada pelo sofrimento, pela pobreza, pelo limite e pela morte”. Palavras do Papa Bento XVI, na audiência-geral desta quarta-feira, na Praça de São Pedro, com a participação de uns 35 mil peregrinos.
O Santo Padre comentou desta vez a primeira parte do hino da Carta de São Paulo aos Filipenses (2, 5-8): “Tende entre vós os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus: Ele, que era de condição divina, não revindicou o direito de ser equiparado a Deus. Mas despojou-se a si mesmo, tomando a condição de servo, tornando-se semelhante aos homens... humilhou-se a si mesmo, feito obediente até à morte, e morte de cruz”.

“Elemento fundamental desta primeira parte do hino (observou o Papa) parece-me ser o convite a entrar nos sentimentos de Jesus. Entrar nos sentimentos de Jesus quer dizer não considerar o poder, a riqueza, o prestígio, como valores superiores da nossa vida, porque no fundo não respondem à sede mais profunda do nosso coração; abrir o nosso coração ao outro, levar com o outro o peso da nossa vida e abrirmo-nos ao Pai dos céus com um sentido de obediência e confiança, sabendo que é precisamente obedecendo ao Pai que seremos livres. Entrar nos sentimentos de Jesus: este o exercício quotidiano de quem vive como cristão.”

Entre as saudações nas diferentes línguas, não faltaram algumas palavras em português, aos padres do Colégio Brasileiro de Roma: “A minha saudação a todos os peregrinos de língua portuguesa, com uma bênção particular para os sacerdotes doColégio Pio Brasileiro em Roma: na vossa formação, cultivai aquele sentire cum Ecclesia que fará de vós humildes e fiéis servidores da Verdade, pastores segundo o Coração de Deus”.

Dirigindo-se na parte final desta audiência aos numerosíssimos peregrinos italianos presentes, Bento XVI, muito aplaudido, e improvisando uma vez mais, manifestou o seu apreço pela fé e afecto que continuam a manifestar com tanta intensidade em relação ao sucessor de Pedro.









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