UE financia desminagem em Angola

O governo angolano e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento assinaram, em Luanda, dois acordos na luta contra as minas, no valor de quatro milhões de euros, financiados pela Comissão Europeia. Em 2004 morreram mais 73 pessoas por causa do rebentamento de minas.
“A acção contra as minas representa hoje um grande desafio para Angola”, afirmou Glauco Calzuola, chefe da Delegação da Comissão Europeia em Angola, frisando que Bruxelas “está a apoiar todos os esforços nesse sentido”. As autoridades estimam que ainda existam entre quatro e cinco milhões de minas, colocadas ao longo de quatro décadas de conflitos. No ano passado, os acidentes com minas registados pelas autoridades provocaram 73 mortos e 114 feridos.
Na intervenção que proferiu, Glauco Calzuola salientou a esperança de que “os projectos a financiar permitam reforçar a capacidade nacional no sector da luta contra as minas e que, no final de 2006, as instituições ligadas a este sector tenham maior capacidade”.
Um dos acordos assinados visa o apoio à Comissão Nacional Intersectorial de Desminagem e Assistência Humanitária (CNIDAH), no valor de dois milhões de euros, tendo em vista a coordenação nacional e provincial de acções de desminagem. Este projecto, com um prazo de 18 meses, pretende criar condições para que a CNIDAH possa assumir o seu papel de coordenação ao nível nacional e provincial, através do aperfeiçoamento e elaboração de critérios standard que permitam monitorar as diferentes operações.