2005-05-23 15:49:15

Acção de militares de EUA criticada pela ONU


A ONU considerou ontem "totalmente inaceitáveis" e "indesculpáveis" as torturas e homicídios cometidos por soldados americanos sobre prisioneiros no Afeganistão. Em comunicado, Jean Arnault, representante do secretário-geral da ONU no Afeganistão, considerou "chocantes" os abusos que provocaram a morte a dois prisioneiros afegãos na prisão de Bagram em 2002. Estas declarações surgiram após o New York Times ter publicado novas revelações sobre este assunto na passada sexta-feira.

"A gravidade dos abusos exige que todos os que estiveram implicados nesses crimes indesculpáveis sejam punidos", afirmou Arnault, garantindo que a missão da ONU no Afeganistão (Unama) vai duplicar a sua vigilância sobre as detenções no país e espera a "cooperação total dos EUA". Após as revelações feitas pelo New York Times , o Presidente afegão, Hamid Karzai, exigiu que Washington tome "medidas claras" contra os militares que torturaram prisioneiros afegãos.

Ontem ainda, o New York Times responsabilizou Karzai, que iniciou um visita de quatro dias aos EUA, pelo insucesso do programa de luta contra a cultura de papoilas no Afeganistão, financiado pelos EUA. As flores são depois usadas para produzir heroína e ópio. Segundo o jornal, um relatório da embaixada americana em Cabul, datado de 13 de Maio e enviado à secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, indica que os dirigentes regionais afegãos impedem a destruição dos campos de papoilas e o Governo nada faz para os travar.







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