"Não trabalhamos para defender um poder, mas para abrir a Cristo as estradas do mundo":
disse Bento XVI durante a visita neste sábado á Secretaria de Estado.
Bento XVI efectuou neste sábado uma visita á Secretaria de Estado do Vaticano onde
foi acolhido pelo card. Ângelo Sodano. Nesta ocasião o Papa sublinhou a importância
do trabalho efectuado pelos seus colaboradores mais estreitos.
Num clima muito cordial e com um breve discurso improvisado Bento XVI disse que é
uma grande honra para a Santa Sé o facto de um numero tão reduzido de pessoas fazer
um trabalho enorme para a Igreja universal. Isto é a prova da assiduidade e dedicação
com as quais se trabalha.
Nós –
salientou o Papa
- não trabalhamos para defender um poder. Não trabalhamos para o prestigio, não
trabalhamos para fazer crescer uma empresa ou algo semelhante. Nós trabalhamos realmente
para que os caminhos do mundo estejam abertos a Cristo. E todo o nosso trabalho, com
todas as suas ramificações, no fim serve precisamente para que o Seu Evangelho, e
desta maneira a alegria da Redenção, possa chegar ao mundo.
“ Procuramos trabalhar unidos formando uma espécie de cenáculo apostólico á volta
do sucessor de Pedro”: com estas palavras, o card. Secretário de estado Ângelo Sodano
acolheu Bento XVI.
Na sua saudação ao pontífice o purpurado salientou a missão extraordinária do Papa
para a difusão do Evangelho no mundo de hoje, empenho no qual colaboram todos aqueles
que trabalham nas duas secções da Secretaria de estado. Procuramos efectuar o nosso
trabalho - disse o Card. Sodano - com a diligencia metódica das abelhas.
O purpurado recordou depois um texto de José Ratzinger sobre a beleza da liturgia
católica e da alegria que exprime o canto sagrado na comunidade cristã. Um texto no
qual Bento XVI citava uma frase de Gandhi que via nos seres vivos do cosmo três atitudes:
no mar – dizia - encontram-se os peixes que não falam; na terra, os animais que gritam,
e os homens que falam; no céu as aves que cantam”.
Nós na Secretaria de Estado - afirmou o card. Sodano, “procuraremos, quando é o caso
estar calados, quando é o caso falar, mas sempre, procuraremos cantar um hino de louvor
a Deus pela honra que nos concede de trabalhar para a sua Santa Igreja.