A União africana pede ajuda e colaboração á Nato e UE para garantir segurança dos
civis no Darfur
O presidente da União Africana, Alpha Oumar Konaré, pediu ajuda logística à Nato
e à União Europeia, para garantir segurança “o mais depressa possível” aos civís envolvidos
no conflito do Darfur, sem, porém, enviar soldados europeus naquela região Saudanesa.
Entretanto sete chefes de estado africanos confirmaram a contrariedade em enviar tropas
estrangeiras, isto é, tropas que não sejam do continente. No seu encontro com os vértices
da União Europeis e da Aliança atlântica, em Bruxelas, Konaré solicitou, de modo particular,
colaboração na organização e na logística para o transporte das tropas da União africana
que já dispões de 7.700 homens para esse efeito e dos quais 2.400 já se encontram
no terreno, com alguns equipamentos. O secretário geral da Nato, Hoop Scheffer, cuja
instituição nunca interveio em África, assegurou que a Nato iria examinar a proposta.
Em Trípoli, onde decorreu a reunião de alguns chefes de estado africanos, para analisar
essas questões, estiveram presentes os presidentes do Egipto, Chade, Sudão, Gabão,
Eritreia e o líder Líbio Muammar Kaddafi, que já se tinha encontrado, nos dias passados,
com os vértices dos dois principais movimentos armados do Darfur. A tomada de decisão
dos chefes africanos confirma os esforços da União africana, no sentido de enfrentar
autonomamente a gestão das próprias crises. Em conformidade com diversos documentos
a guerra no Darfur já terá causado cerca de 180.000 vítimas e diversos refugiados,
200.000
dos quais se encontram no Chade.