A oposição às "falsas verdades" sobre a globalização e a exigência de uma cidadania
mais activa orientam uma conferência a promover no próximo sábado, dia 21 de Maio,
na Culturgest, em Lisboa, pela Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP). A ideia de
desenvolvimento sustentável ligada à doutrina social da igreja é o objectivo adoptado
pela CNJP, que pretende reconhecer as mudanças sociais e "ultrapassar as falsas verdades"
sobre a globalização económica – sublinhou Manuela Silva, membro da CNJP. As ideias
de que "o mercado é tudo" e que "é preciso crescer primeiro para depois repartir"
são algumas das "falsas verdades" que a CNPJ pretende refutar.
As mudanças sociais nos campos do "conhecimento, movimentos demográficos, atitudes
e valores" estão na mira da Comissão, para quem é "fundamental conhecê-las, para um
agir mais consequente e responsável".
Numa altura em que "nem governos nem empresas" conseguem por vezes controlar o seu
destino face aos grandes poderes económicos, é preciso "encontrar outros actores sociais,
os consumidores, as organizações não-governamentais" que consigam "reequilibrar" e
trabalhar para "uma repartição equitativa de benefícios e custos