2005-05-11 14:59:17

Rádio Vaticano condenada por contaminação electromagnética: a emissora lamenta decisão e afasta receios da população.


A Rádio Vaticano foi condenada por contaminação electromagnética pelo Tribunal de Roma. A sentença prevê uma pena de 10 dias de prisão, com suspensão de pena, para o director-geral e o presidente da Comissão de gestão da emissora do Vaticano, respectivamente o Pe. Pasquale Borgomeo e o Cardeal Roberto Tucci.
A direcção da Rádio Vaticano reagiu em comunicado a esta decisão, assinalando que irá apelar para as instâncias superiores por considerar que a condenação é “claramente injustificada, seja por considerações de Direito, seja por motivos de facto”.
A propósito desta sentença, o nosso director de programas, padre Federico Lombardi emitou uma Nota em que afirma, nomeadamente:
“Deixando uma avaliação mais aprofundada para o momento em que serão publicadas as motivações da sentença, a Direcção da Rádio Vaticano deplora o facto de que as suas posições não tenham sido reconhecidas como válidas. Embora apreciando a absolvição de um dos imputados, reserva-se o direito de impugnar, em apelo, uma sentença que considera claramente injustificada, quer por considerações de direito, quer por motivos de facto.”
“Como tivemos ocasião de explicar repetidas vezes, nestes anos, e foi reafirmado no decurso do processo, a Rádio Vaticano sempre desenvolveu a sua actividade no âmbito dos acordos internacionais existentes com a Itália relativos ao Centro Transmissor de Santa Maria de Galéria, sempre se ateve às recomendações internacionais em matéria de emissões electromagnéticas, mesmo ainda antes da existência de normas italianas. A partir de 2001, na sequência de acordo estabelecido com o governo italiano, respeita cuidadosamente os limites previstos pelas nova regulamentação italiana, actualmente em vigor, como demonstra as medições realizadas, por mandato da Comissão bilateral, pelas instituições públicas italianas mais competentes e bem apetrechadas na matéria. Sendo esta legislação italiana bastante restritiva, não existe qualquer motivo de preocupação da parte da população
“Confiamos que a justiça italiana, nos sucessivos graus de juízo, virá a reconhecer finalmente a correcção dos comportamentos da Direcção da Emissora, contribuindo assim para clarificar o horizonte das sombras que durante demasiado tempo têm causado prejuízo à sua boa reputação, contribuindo para alimentar na população receios infundados”.


O caso começou a ser falado quando em 2001 o Centro de Transmissões da Rádio Vaticano de Santa Maria di Galeria (Norte de Roma) se tornou o centro de vivas polémicas por causa das novas regras italianas sobre as emissões electromagnéticas. Apesar do acordo entre o Vaticano e a República Italiana, algumas associações ambientalistas colocaram a emissora em tribunal, acusando-a de perturbar as pessoas residentes na referida área.









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