2005-05-09 13:32:10

Moscovo recorda fim da segunda guerra mundial: Jorge W. Bush pede mais democracia para a Europa de leste


Mais de oito mil convidados, entre os quais mais de meia centena de chefes de Estado e de Governo de todo o Mundo, assistiram esta segunda-feira, em Moscovo, a uma parada militar na Praça Vermelha, para assinalar o 60.º aniversário do fim da II Guerra Mundial, que contou com a participação de cerca de 2.500 antigos combatentes russos que lutaram durante o conflito.
Durante o seu discurso, o presidente russo, Vladimir Putin, desejou “que o Mundo não volte a passar por um pesadelo igual” e apelou a que seja preservada “a ordem mundial baseada na segurança, na justiça e numa nova cultura de relações que impeça a repetição de guerras quentes ou frias”.
“A História ensina-nos que os Estados e povos devem fazer tudo para não deixar nascer novas doutrinas mortíferas, o crescimento de novas ameaças”, sublinhou Putin, realçando que as lições da II Guerra Mundial ensinam que a colaboração com a violência e a indiferença conduzem a tragédias horríveis de escala mundial.
O presidente russo afirmou ainda que Moscovo jamais esquecerá o auxílio prestado à Rússia pelos EUA, a Grã-Bretanha e a França, bem como dos antifascistas alemães e italianos, para derrotar a Alemanha nazi e o II Reich, acrescentando que a reconciliação russo-alemã foi uma das conquistas mais importantes do pós-guerra.
Entretanto, as comemorações do 60.º aniversário da derrota do regime nazi de Adolf Hitler ficam marcadas negativamente pelas ausências dos chefes de Estado da Estónia e Lituânia, que recusaram festejar na capital russa o início de meio século de ocupação soviética daqueles países bálticos.
O presidente norte-americano, George Bush, reuniu-se ontem à noite em Moscovo com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, numa cimeira que terá gerado tensão face aos pedidos dos Estados Unidos de mais democracia no Leste da Europa.
Bush quer fazer da defesa da democracia o “cavalo de batalha da sua digressão pela Europa, que o levou à Letónia e Holanda e termina amanhã na Geórgia.
Bush prometeu apresentar a Putin os pedidos da Letónia, Lituânia e Estónia para que a Rússia se desculpe pela ocupação entre o final das II Guerra e 1991. Putin rejeitou até agora pedir desculpa, alegando que Moscovo rejeitou em 1989 o acordo Molotov-Ribbentrop de 1939, que permitiu a anexação. O presidente russo acusou os três países de quererem camuflar, com a exigência de desculpas, o seu colaboracionismo durante a ocupação nazi.







All the contents on this site are copyrighted ©.