2005-05-07 19:27:28

"O Ministério do Papa é garantia de obediencia a Cristo e á Sua Palavra", afirmou Bento XVI na homilia da Missa na Basilica de São João de Latrão onde tomou posse da sua cátedra de Bispo de Roma.


Em qualidade de Bispo de Roma, Bento XVI tomou posse neste sábado da Basílica Patriarcal de São João de Latrão,a Catedral da diocese de Roma, considerada a igreja-mãe de todas as igrejas católicas.
No inicio da celebração o Santo Padre antes de se sentar na cátedra foi acolhido pelo cardeal vigário que manifestou a alegria da Igreja de Roma pela chegada do seu novo pastor. Depois, prestou obediência ao Papa uma representação da Igreja de Roma constituída pelo card.vigário Camilo Ruini, o vice-gerente da diocese o bispo Luís Moretti, dois padres, dois diáconos, um religioso e uma religiosa, um casal com os dois filhos, um rapaz e uma rapariga crismados.
A missa foi concelebrada pelos cardeais, pelo conselho episcopal da diocese e pelo conselho dos párocos responsáveis das várias prefeituras diocesanas, em representação de todos os sacerdotes
O Papa não é um soberano absoluto e a sua potestade de ensinamento não é uma ameaça á liberdade de consciência nem uma presunção contraposta á liberdade de pensamento. O papel do Papa- reafirmou Bento XVI na homilia é confirmar os irmãos e o seu mandato é ser testemunha de Cristo ressuscitado.
A homilia do novo Papa no dia da entronização solene como Bispo de Roma estendeu a mão ás aspirações ecuménicas de todas as igrejas cristãs e também aos católicos mais obstinados em relação ao magistério pontifício. Reconheceu além disso a importância dos peritos e da investigação bíblica e teológica, embora sublinhando o mandato maior que o Papa detém no ensinamento da fé.
Bento XVI recordou aos romanos que enquanto católicos, de certa maneira todos somos romanos e que todos os fiéis devem procurar ser cada vez mais católicos, isto é cada vez mais irmãos e irmãs na grande família de Deus, aquela família onde não existem estrangeiros.
Do alto desta Cátedra o Bispo de Roma deve repetir constantemente Jesus é o Senhor, como escreveu o Apostolo Paulo nas suas Cartas aos Romanos e aos Corintios.
A cátedra de Pedro – acrescentou o Papa obriga aqueles que são seus titulares a dizer “Senhor para quem havemos nós de ir?”, a confirmar os seus irmãos, a ser testemunhas de Cristo ressuscitado.
A cátedra de Roma, é o símbolo da potestade de ensinamento que é parte essencial do mandato conferido pelo Senhor a Pedro e depois dele aos Doze. Quando a Sagrada Escritura e a Igreja- salientou Bento XVI, caiem nas mãos de disputas dos peritos, cujo trabalho é também importante e precioso, é necessário que haja um mandato maior que não pode vir apenas das capacidades humanas. Por isso é necessária a voz da Igreja viva, daquela Igreja confiada a Pedro e ao colégio dos apóstolos até ao fim dos tempos.
Esta potestade de ensinamento assusta tantos homens dentro e fora da Igreja. Perguntam se ela não ameaça a liberdade de consciência, se não seja uma presunção contraposta á liberdade de pensamento. Não é assim - foi a resposta de Bento XVI. O poder conferido por Cristo a Pedro e aos seus sucessores é, em sentido absoluto, um mandato para servir. A potestade de ensinar, na Igreja, exige um empenho ao serviço da obediência á fé.
. O Papa não deve proclamar as próprias ideias, mas vincular constantemente a sua pessoa e a Igreja á obediência á Palavra de Deus, perante todas as tentativas de adaptação e de adulteração, e perante todo o tipo de oportunismo. RealAudioMP3
Foi o que fez João Paulo II- recordou Bento XVI- quando, perante todas as tentativas aparentemente benévolas em relação ao homem, perante as interpretações erradas da liberdade, sublinhou de maneira inequívoca a inviolabilidade do ser humano, a inviolabilidade da vida humana desde a concepção até à morte natural. “ A liberdade de matar não é uma verdadeira liberdade, mas é uma tirania que reduz o ser humano á escravidão.” RealAudioMP3














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