Deus é a sentinela que vigia sobre o seu povo para o tutelar de todo e qualquer risco:
salientou Bento XVI na audiencia geral desta quarta feira comentando o Salmo 120
O Senhor nos acompanha com amor em cada instante da existência, defendendo a nossa
vida de todo o mal: esta a catequese desenvolvida por Bento XVI na audiência-geral
desta quarta-feira, na Praça de São Pedro, comentando o Salmo 120.
Como anunciara já na semana passada, o Papa decidiu retomar, neste encontro semanal
com os fiéis, o comentário dos Salmos e Cânticos de Vésperas já predispostos pelo
seu antecessor João Paulo II.
O Salmo 120 – observou – é um salmo de confiança, como bem mostra o uso insistente
do verbo “proteger”. Deus “emerge como o ‘guarda’ sempre desperto, atento, premuroso,
ou como a ‘sentinela’ que vila sobre o seu povo para o tutelar de todos os riscos
e perigos.
O peregrino que caminha em direcção a Jerusalém, eleva os seus olhos para a colina
de Sion, animado por uma fé inabalável, por uma única certeza: “A minha ajuda vem
do Senhor, que fez o céu e a terra”.
“Esta confiança é ilustrada no Salmo através da imagem do guarda e da sentinela,
que vigiam e protegem. Alude-se também ao pé que não vacila no caminho da vida e ao
pastor que mesmo no repouso nocturno vela sobre o seu rebanho sem adormecer. O pastor
divino não conhece repouso na obra de tutela do seu povo”.
Finalmente, uma alusão a um outro símbolo presente neste Salmo: O Senhor “está à
direita” do seu fiel. “É esta a posição do defensor tanto militar como processual:
é a certeza de não sermos abandonados no tempo da provação, do assalto do mal, da
perseguição”. “Deus nos defenderá com amor em cada instante, tutelando a nossa vida
de todo o mal. Todas as nossas actividades – resumidas pelos dois verbos ‘sair’ e
‘entrar’ – estão sempre sob o olhar vigilante do Senhor. Em cada acto e em cada tempo,
“desde agora e para sempre”.
E o Papa Bento XVI concluiu a catequese na audiência-geral desta quarta-feira 4 de
Maio, fazendo sua uma bênção formulada, precisamente em comentário a este Salmo, num
texto de um monge palestino do século VI:
O Senhor “vos proteja de todo o mal, como seus verdadeiros filhos e vos conceda o
que o vosso coração pede,para o bem da alma e do corpo, no seu Nome. Amen”