2005-05-03 16:48:51

Pode estar próxima a erradicação da febre hemorrágica em Angola


Em Angola as autoridades sanitárias acreditam que estão criadas as condições para se conseguir erradicar a epidemia de febre hemorrágica provocada pelo vírus de Marburg. No final de uma visita que efectuou à província do Uíge, onde está localizado o foco da epidemia, o ministro angolano da Saúde, Sebastião Veloso, salientou que a doença está "confinada" a esta província do norte do país, destacando a "significativa redução" de casos que têm vindo a ser registados. O mais recente balanço oficial da epidemia, referente à situação verificada às 12:00 de segunda-feira, actualizou o número de vítimas mortais para 280, num total de 313 casos registados desde Outubro. O comunicado conjunto do Ministério da Saúde de Angola e a Organização Mundial de Saúde (OMS) refere também uma diminuição substancial do número de pessoas que estão a ser acompanhadas pelas autoridades sanitárias depois de terem tido contacto directo com doentes infectados. Actualmente, estão a ser seguidas apenas 208 pessoas, depois de quase três centenas terem cumprido o prazo de 21 dias sem apresentarem qualquer sintoma de febre hemorrágica. O acompanhamento de pessoas que tiveram contacto directo com doentes infectados é uma das principais medidas de controlo da epidemia, permitindo evitar o seu alastramento. A epidemia de febre hemorrágica em Angola, declarada em meados de Maio pelo Ministério da Saúde e pela OMS, apenas será considerada extinta quando não existir qualquer caso novo e a última pessoa em acompanhamento cumprir 21 dias sem apresentar sintomas da doença. Aspecto positivo é também o facto de não ser registado qualquer caso suspeito há mais de uma semana nas províncias que se encontram em estado de alerta epidemiológico, continuando todos os casos novos a ser detectados apenas na província do Uíge. O vírus de Marburg, tem como principal vector o macaco verde, sendo o contágio feito através de contacto com fluidos corporais de indivíduos infectados. Esta doença é considerada rara e de alta contaminação, apresentando actualmente em Angola uma taxa de mortalidade de 89 por cento dos casos.







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