Declaração católico-anglicana sobre Maria, publicada este mês.
O movimento ecuménico vai conhecer mais um passo significativo quando representantes
da Santa Sé e da Comunhão Anglicana apresentarem a 16 de Maio a declaração conjunta
“Maria: Graça e Esperança em Cristo”, sobre o papel da Virgem na doutrina e na vida
das Igrejas.
O documento, que será apresentado na cidade norte-americana de Seattle, é o fruto
do trabalho da Comissão Internacional Anglicano-Católica (ARCIC, siglas em inglês
A Comissão Internacional Anglicano-Católica concluiu a redacção deste documento em
Fevereiro de 2004, tendo sido depois submetido ao Conselho Pontifício para a Promoção
da Unidade dos Cristãos e ao Conselho Consultivo Anglicano. A compreensão da figura
de Maria na Igreja “foi objecto de profunda controvérsia entre anglicanos e católicos”,
constatava um comunicado da Comissão.
As conversações, decorridas em Seattle, giraram à volta dos dogmas católicos da Imaculada
Conceição e da Assunção, no contexto mais amplo da reflexão teológica e das Escrituras
sobre Maria.
A publicação de «Maria: Graça e Esperança em Cristo» encerrará a segunda fase do trabalho
da Comissão Internacional Anglicano-Católica, que foi estabelecida em 1982 por João
Paulo II e pelo arcebispo Robert Runcie.
Nos últimos vinte anos, a Comissão publicou outras quatro declarações: “Salvação e
a Igreja” (1987), “A igreja como comunhão” (1991), “Vida em Cristo” (1994) e “O dom
da autoridade” (1999).