A situação de crise no Togo está a preocupar seriamente a Igreja Católica, que denuncia
um ambiente de “intimidações” em torno dos seus principais representantes no país
africano.
Os tumultos começaram após a divulgação dos resultados das eleições presidenciais
de domingo dia 24 de abril, que atribuíram a vitória a Faure Gnassingbé, filho do
presidente Gnassingbé Eyadema, que morreu a 5 de Fevereiro passado. Os confrontos
entre manifestantes da oposição, que se recusam a aceitar os resultados eleitorais
e alegam fraude, e a polícia resultaram em pelo menos 22 mortos e mais de uma centena
de feridos.
O Núncio Apostólico no país, D. Pierre Nguyen Van Tot, referiu que “muitos sacerdotes,
religiosos e religiosas estão a abandonar Lomé e outros centros urbanos”. Em declarações
à agência missionária Misna, o representante do Papa explica que a Igreja Católica
está a ser acusada pelo governo de “estar demasiado próxima dos pedidos e das posições
das forças opositoras”. As agências das Nações Unidas para os refugiados e a infância
pediram hoje aos dirigentes políticos do Togo para que encontrem uma solução pacífica
para a violência que assola o país, procurando "evitar uma crise humanitária".