Novos guardas suiços prestarão juramento a Bento XVI no proximo dia 6
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31 novos recrutas da Guarda Suíça prestarão juramento no próximo dia 6 de Maio, numa
cerimónia solene que assinala o aniversário do saque de Roma pelas tropas do imperador
Carlos V, em 1527. O Papa Clemente VI salvou-se da ofensiva ao refugiar-se no castelo
de Sant'Angelo, mas 147 Guardas perderam a vida ao defendê-lo.
Na cerimónia de juramento estarão membros da Cúria Romana, representantes das delegações
diplomáticas junto da Santa Sé e as autoridades militares, civis e religiosas da Suíça.
O Capelão da Guarda Suíça dá leitura ao juramento, que diz: “Juro servir com fidelidade,
lealdade e honra o Sumo Pontífice Bento XVI e os seus legítimos sucessores, e dedicar-me
a eles com todas minhas forças, sacrificando inclusive, se necessário, a minha própria
vida para defendê-los. Assumo igualmente este compromisso relativamente ao Sacro Colégio
dos Cardeais durante a duração da Sé Vacante. Prometo ainda ao Capitão Comandante
e aos outros meus superiores respeito, fidelidade e obediência. Juro observar tudo
aquilo que a honra da minha posição exige de mim”.
Os recrutas confirmarão o juramento na sua língua natal, pedindo a assistência “de
Deus e dos seus Santos”. Os padroeiros da Guarda Suíça são S. Martinho de Tour, S.
Sebastião e S. Nikalus von Flue, “defensor da paz e Pai da Nação”.
O Comandante e os 110 membros do corpo envergarão o uniforme de gala, que remonta
aos tempos de Michelangelo.
A Guarda Suíça Pontifícia, fundada pelo Papa Júlio II em 1506, é uma companhia de
voluntários, recrutados em todas as partes da Suíça, organizados militarmente, para
a custódia da pessoa do Papa e da sua residência. Outras tarefas são também a vigilância
dos ingressos na Cidade do Vaticano, assim como serviços de segurança e de honra durante
as funções religiosas e diplomáticas do Santo Padre. Uma representação da Guarda Suíça
acompanha o Papa nas suas viagens ao exterior.
O corpo é formado por 110 guardas e compreende 4 oficiais (coronel, tenente coronel,
major e capitão), 1 capelão, 26 suboficiais e 79 soldados. O serviço dura dois anos,
com possibilidade de renovação e promoção, até um máximo de 20 anos de serviço.
Para fazer parte da Guarda Suíça é preciso ser católico, nascido nesse país, com uma
altura superior a 1,74 metros e ter frequentado a recruta no exército suíço. Os soldados
deverão ter até 30 anos e ser solteiros, sendo possível casarem-se depois de subirem
de patente. Todos, sem excepção, vivem no Vaticano.
Em 2006 a Guarda Suíça, o mais pequeno exército do mundo, comemora o seu 500º aniversário.
Por esse motivo, serão publicados a partir do ano 2005 livros comemorativos, um selo
conjunto vaticano-suíço, uma moeda cunhada pela Suíça, e será organizada uma peregrinação
desde a Suíça (Bellinzona) a Roma, que repete o caminho que seguiram os primeiros
150 guardas suíços.