2005-05-02 09:28:14

Contemplar Cristo com os olhos de Maria; este o convite de Bento XVI neste primeiro domingo de Maio


Uma multidão de peregrinos enchia neste domingo, primeiro de Maio, a Praça de São Pedro, para escutar, ao meio-dia, a costumada alocução dominical do Papa, a primeira do pontificado de Bento XVI. O novo Papa, que começou por evocar a figura do seu predecessor, agradeceu as orações e as mensagens e provas de afecto que ele próprio tem recebido e dedicou as suas palavras a duas ocorrências deste dia: a celebração da Páscoa, da parte das Igrejas do Oriente, e a memória litúrgica de São José Operário, padroeiro dos Trabalhadores.

“Quereria saudar com particular afecto as Igrejas Ortodoxas e as Igrejas Católicas Orientais, que precisamente neste domingo celebram a Ressurreição de Cristo. A estes nossos irmãos dirijo o tradicional anúncio de alegria: Christos anesti !

Sim, Cristo ressuscitou, ressuscitou verdadeiramente. Desejo de todo o coração que a celebração da Páscoa seja para eles uma coral oração de fé e de louvor Àquele que é o nosso Senhor comum e nos chama a percorrer com decisão o caminho em direcção à plena comunhão.”

Relativamente à celebração, neste dia primeiro de Maio, de São José Operário, Bento XVI (que recordou chamar-se ele próprio José...) evocou a instituição desta memória litúrgica, há precisamente 50 anos, da parte do Papa Pio XII, “para sublinhar a importância do trabalho e da presença de Cristo e da Igreja no mundo operário”.

“Também na sociedade de hoje, é necessário testemunhar o ‘Evangelho do trabalho’ de que falava João Paulo II na Encíclica ‘Laborem Exercens’. Faço votos de que não falte o trabalho especialmente para os jovens, e que as condições laborais sejam cada vez mais respeitadoras da dignidade da pessoa humana”.

Dirigindo palavras de afecto a todos os trabalhadores, Bento XVI saudou especialmente os que se encontravam presentes na Praça de São Pedro, com especial destaque (disse) “para os amigos das Associações Cristãs dos Trabalhadores Italianos) que este ano celebram 60 anos de fundação, fazendo votos de que continuem a “viver a opção da ‘fraternidade cristã’ como valor a incarnar no mundo do trabalho e da vida social, para que a solidariedade, a justiça e a paz sejam os pilares sobre os quais construir a unidade da família humana.”

A concluir a alocução antes do “Regina Coeli”, o Papa referiu-se a Nossa Senhora, a quem é especialmente dedicado o mês de Maio. Recordando que “com a palavra e mais ainda com o exemplo o Papa João Paulo II nos ensinou a contemplar Cristo com os olhos de Maria , valorizando especialmente a oração do Santo Rosário”, Bento XVI convidou todos a entoarem consigo o canto do “Regina Coeli”, confiando à Virgem todas as necessidades da Igreja e da humanidade.

Não faltou, nas saudações finais do novo Papa, uma referência “a todos os povos que sofrem por causa de guerras, doenças e pobreza”, com especial menção, desta vez, do Togo:

“Estou próximo das queridas populações do Togo, abaladas por dolorosas lutas internas. Para todas estas nações imploro o dom da concórdia e da paz”.









All the contents on this site are copyrighted ©.