Em Washington os ministros das Finanças dos sete países mais ricos do Mundo (Grupo dos Sete, ou G7) voltaram a falhar, um acordo para o alívio da pobreza e da dívida externas dos países africanos.
O ministro britânico
das Finanças, Gordon Brown, declarou 2005 o ano do tudo ou nada para África e assumiu
o dossiê como sendo uma espécie de cruzada política pessoal. Na última reunião do
G7, em Londres, não houve acordo. Na reunião deste fim-de-semana, em Washington, voltou
a não haver acordo.
"Quantas mais crianças têm de morrer até que se desenvolva um sentimento de urgência?".
Muitas, respondemos, visto que o problema se arrasta no mieo da total indiferença.
Todos os minutos são preciosos, tal é a dimensão da miséria africana.
Os representantes dos países ricos têm adiado a decisão sob o argumento de que o problema
está na forma corrupta como os governos africanos gerem as ajudas externas. O argumento
prevalece.
O G7, este fim-de-semana, limitou-se a agradecer os resultados de um estudo encomendado
ao Fundo Monetário Internacional e, segundo o qual, o problema da dívida africana
pode ser abordado através da venda de reservas de ouro sem dificuldades significativas.
O caminho foi apontado, mas o G7 nada decididu. Gordon Brown manifestou ainda a esperança
de que uma decisão seja alcançada na próxima reunião do grupo, na Escócia, em Julho.
Os representantes do G7 reunidos em Washington foram mais assertivos ao abordar o
problema dos efeitos da globalização, prometendo acção vigorosa para reduzir os desequilíbrios,
apelando à redução do défice orçamental norte-americano e pedindo reformas na Europa
e no Japão.
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