2005-04-18 10:22:17

Fechadas as portas da Capela Sistina a Igreja Católica espera agora o novo Papa: da chaminé da Capela Sistina saiu esta noite ás 20h05 fumo negro.A partir de amanhã previstas quatro votações diárias.


Os Cardeais eleitores prestaram esta tarde na Capela Sistina o juramento de segredo sobre tudo o que diz respeito à eleição do Papa e comprometem-se a desempenhar fielmente o munus Petrinum de Pastor da Igreja universal em caso de eleição. Terminado o juramento, todas as pessoas estranhas à eleição saíram após a ordem “Extra Omnes” (todos fora).Foi fectuada uma primeira votação na qual nenhum candidato atingiu os dois terços dos votos necessários:é o que se desume do facto da chaminé da Capela Sistina ter saido fumo negro ás 20h05 (hora de Roma).
A partir de amanhã haverá quatro votações diárias, até ao momento em que sair da chaminé da Capela Sistina o fumo branco que dirá ao mundo «Habemus Papam».
João Paulo nomeou 112 dos 115 cardeais que a partir de hoje se reúnem para decidir da sua sucessão. Entre os membros do Colégio Cardinalício, na esmagadora maioria estreantes na sua mais importante missão, são duas as vozes portuguesas. O patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, e o único português a integrar a Cúria Romana, D. José Saraiva Martins, estarão também submetidos a regras específicas. Isolados do mundo, limitados nas conversas, sem acesso a noticiários, telemóveis ou agendas, os 115 participantes na reunião - há a registar as faltas do filipino Jaime Sin e do mexicano Adolfo Rivera, por motivos de saúde -, que não tenham completado 80 anos até à morte de João Paulo II, no passado dia 2, vão dedicar-se à missão de decidir o nome do novo Papa, naquele que será o conclave mais internacional de sempre (58 cardeais da Europa, 20 da América Latina, 14 da América do Norte, 11 de África, 10 da Ásia e dois da Oceânia).
Há regras claras para evitar um exagerado prolongamento da reunião - a mais longa demorou cinco dias -, o cardeal patriarca de Lisboa considerou já que “não parece complicado ter a eleição concluída nos primeiros três dias”, à semelhança do que se passou em 1978, quando a escolha recaiu sobre Karol Wojtila. Neste conclave, haverá quatro votações diárias (duas de manhã e duas à tarde), sendo os boletins de voto queimados após o escrutínio. Se da chaminé da Capela Sistina sair fumo branco, terá sido escolhido o novo chefe da Igreja Católica.
A abstenção é proibida, e cada votação prolonga-se por duas ou três horas, prevendo-se que a queima dos boletins ocorra diariamente cerca das 12h00 e das 19 horas locais. Escolhido o nome, o decano dos cardeais pergunta ao eleito se aceita o cargo – a constituição apostólica pede que “se submeta humildemente ao desígnio da vontade divina” –, e o nome por que quer ser conhecido. Depois, o novo Papa coloca as vestes brancas e o primeiro cardeal dos diáconos dirige-se à varanda da basílica e anuncia “Habemus Papam”. O Papa vem então saudar o povo e dar a bênção Urbi et Orbi.







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