Em Portugal a Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP) organiza neste sábado, dia 16
de Abril, uma manhã de debate em torno do modelo de empresa que, inspirado na doutrina
social da Igreja, possa enfrentar os desafios com que se defrontam as sociedades da
pós-modernidade, relativamente aos novos paradigmas de economia e gestão, por força
de uma globalização de matriz capitalista e desregulada.
Para este organismo eclesial “as disfunções sociais evidentes na organização das nossas
sociedades e nas relações sociais, com destaque para o desemprego, a precariedade
do trabalho, a excessiva concentração da riqueza ou a exclusão social, não são o resultado
inevitável de um qualquer determinismo histórico, mas antes a expressão de desajustamentos
e ineficiências do sistema, que importa ultrapassar mediante novos conceitos e novos
instrumentos para os implementar”.
“A inovação de que tanto se fala não deve – não pode – ficar acantonada no campo da
tecnologia ou dos produtos financeiros. Tem, igualmente, que se estender à área das
relações humanas e sociais, designadamente ao conceito de trabalho e de empresa”,
acrescenta a CNJP.
A CNJP foi criada há 20 anos pela Conferência Episcopal Portuguesa e é um organismo
laical, com a finalidade genérica de promover e defender os ideais da Justiça e da
Paz à luz do Evangelho e da Doutrina Social da Igreja.