A economista Manuela Silva defendeu na Semana de Estudos Teológicos de Viana do Castelo
que é cada vez mais necessário dizer “não, obrigado” a um crescimento que se reduza
ao económico, e que não sirva o homem todo e a sociedade na sua totalidade.
Manifestamente contra o que designou, ironicamente, de «inchamento da economia», Manuela
Silva, que fez uma abordagem “Do crescimento económico ao desenvolvimento humano e
sustentável”, defende que “é tempo de mudar as mentalidades” para implementar o “desenvolvimento
humano e sustentável” que se traduz na prática em “oportunidades [para todos] de uma
vida plena”.
Para Manuela Silva é “fundamental” uma “verdadeira mobilização da sociedade civil”,
cuja Igreja poderá ter um papel de charneira, em ordem à aquisição de “competências
úteis ao desenvolvimento”. O desenvolvimento humano e sustentável, ou seja, dirigido
para a pessoa humana e assente na ecologia, ganha com a “iniciativa e a criatividade”
dos próprios porque, sustenta a economista, “são as populações que têm que se organizar
muito mais” em ordem a uma economia social e ao desenvolvimento local.
A intervenção da teóloga Isabel Varanda sobre os “Direitos Humanos e a evangelização”
encerra hoje à noite a XIV edição da Semana de Estudos Teológicos, promovida pela
Escola Superior de Teologia e Ciências Humanas do Instituto Católico de Viana.