2005-04-13 12:13:15

Memória e identidade de João Paulo II


Chega a Portugal pela mão da Bertrand Editora a última obra de João Paulo II, intitulada “Memória e Identidade”. Ao longo de 157 páginas somos guiados através de factos históricos que marcaram uma viragem decisiva na situação política e social de nações inteiras ao longo do século XX, sob o olhar atento do Papa.
Em “Memória e Identidade”, João Paulo II dialoga com o os filósofos Jósef Tischner e Krzysztof Michalski, fundadores do Instituto de Ciências Humanas de Viena, sobre grandes temas da História Europeia, com especial incidência nas ideologias totalitárias. É a luta do Bem contra o mal que serve de pano de fundo a estas reflexões, também elas um verdadeiro testamento do Papa falecido.
João Paulo II escreve sobre o nazismo e o comunismo, vincando que teve a “a experiência pessoal da realidade das ideologias do mal”.
“Acontece, de facto, que em certas situações concretas da existência humana o mal se revela em alguma medida útil: útil porque cria ocasiões para o Bem”, justifica João Paulo II.
Na edição em português, a Bertrand destaca que João Paulo II foi testemunha dos grandes acontecimentos do século que passou e do início deste e, nas últimas décadas, foi também protagonista de “muitos factos da história da Europa e do mundo inteiro”.
A obra mantém a forma literária de colóquio, para que o leitor compreenda mais facilmente que não se trata de um discurso académico, mas de um diálogo familiar.
O Papa fala sobre a presença do mal na história da Europa, “liberdade e responsabilidade”, o conceito de pátria, a Europa e a democracia. Em epílogo são apresentadas as convicções de João Paulo II sobre o atentado que sofreu a 13 de Maio de 1981. “Acredito que este atentado foi uma das últimas convulsões das ideologias da prepotência, que se desencadearam no século XX. A violência motivada por tais argumentos também se manifestou aqui na Itália: as Brigadas Vermelhas matavam homens inocentes e honestos", relata.
“Memória e identidade” foi o terceiro livro de memórias e reflexões do Papa, após "Ultrapassar o Limiar da Esperança", de 1994 - entrevista com Vittorio Messori que foi publicada em 32 línguas –, e “Levantai-vos! Vamos!”, de 2004, no qual João Paulo II recorda e medita sobre os seus anos como Bispo auxiliar e Arcebispo de Cracóvia(1958-1978). João Paulo II publicou ainda uma recolha de poemas, o “Tríptico Romano”, em 2003. Todas estas obras venderam milhões de exemplares.







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