2005-04-07 12:26:36

Escandalo planetário: mais de meio milhão de mães morre anualmente em todo o mundo durante o parto ou gravidez


Mais de meio milhão de mães morre anualmente em todo o mundo durante o parto ou a gravidez, segundo o relatório anual da Organização Mundial da saude divulgado hoje. O relatório «Dê-mos uma oportunidade a cada mãe e a cada criança», divulgado por ocasião do Dia Mundial da Saúde, adianta ainda que quatro milhões de recém-nascidos morrem antes de completarem 28 dias de vida, nomeadamente por falta de higiene. Num total de 136 milhões de nascimentos por ano, menos de dois terços das mulheres dos países em desenvolvimento dão à luz com a ajuda de uma pessoa qualificada, salienta o estudo.
O relatório diz ainda que nos países menos desenvolvidos, nomeadamente da África subsariana, a proporção cai para menos de um terço. De acordo com a directora do departamento de saúde familiar da OMS, Marie-Paule Kieny, duas horas de hemorragias após o parto são suficientes para provocar a morte. A OMS considera a morte de mais de meio milhão de mulheres durante a gravidez ou o parto “um escândalo” e defende que as soluções são “simples e baratas”.
No relatório anual sobre a saúde no mundo, a OMS apela aos países membros para que invistam na formação do pessoal de saúde no sentido de ajudar as mulheres grávidas ou que acabem de dar à luz. Em 2000, a comunidade internacional comprometeu-se em reduzir a mortalidade materna em três quartos e a mortalidade infantil em dois terços antes de 2015. “Ao ritmo actual, certos países não atingirão esses objectivos antes de 150 anos”
Nos 75 países onde a situação é mais grave é necessário investir cerca de sete milhões de euros por ano para que nos próximos 10 anos se consigam atingir os objectivos do milénio. Ruanda, Quénia, Turquemenistão, Zâmbia e Zimbabué são países que têm vindo a verificar progressos, mas poderão entrar em recessão. Para a OMS, esta recessão acontece em países com uma situação política difícil







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