Um pontificado fecundo:testemunhos sobre João Paulo II
Caso as exéquias decorram em moldes semelhantes aos das cerimónias fúnebres de João
Paulo I, a liturgia deverá desenrolar-se em quatro tempos:
- A procissão dos celebrantes acompanha o féretro de ciprestes de João Paulo II, que
será transportado do interior da Basílica até ao adro, enquanto o coro da Capela Sistina
canta o "Requiem". Um livro dos Evangelhos é deposto sobre o féretro, colocado diante
do altar. Os celebrantes dispõem-se depois ao centro, os membros do coro (Capela Sistina
e Capela Pontifícia) à esquerda e as delegações oficiais à direita.
- A missa solene inicia-se com o Confiteor (ritual de confissão dos pecados no início
da missa) e com orações. Durante a liturgia da palavra são lidos excertos do livro
do Apocalipse, dos Actos dos Apóstolos e dos Evangelhos. Para João Paulo I tratou-se
de um excerto do Evangelho de João, que narra o episódio em que Cristo pergunta a
Pedro (considerado o primeiro dos Papas) se ele o ama e se o seguirá até ao fim.
O cardeal Ratzinger, decano do colégio de cardeais, profere a homilia. Contrariamente
às outras celebrações, nesta não há oração dos fiéis. Segue-se a eucaristia. A comunhão
é distribuída por centenas de padres. A missa prossegue com as últimas recomendações
e a recitação da litania dos santos. O vigário de Roma (cardeal Camillo Ruini) recita
a oração do adeus.
- O féretro é novamente transportado para o interior da basílica, acompanhado do cântico
"in paradisum". Na capela de Santa Marta o caixão é colocado dentro de um segundo
féretro, de chumbo, que, por sua vez, é colocado dentro de um terceiro caixão, de
olmo.
- Os restos mortais do Papa são depois trasladados para a cripta da Basílica, onde,
por fim, é sepultado na presença de cardeais, família e próximos do Sumo Pontífice.
Caso as exéquias decorram em moldes semelhantes aos das cerimónias fúnebres de João
Paulo I, a liturgia deverá desenrolar-se em quatro tempos:
- A procissão dos celebrantes acompanha o féretro de ciprestes de João Paulo II, que
será transportado do interior da Basílica até ao adro, enquanto o coro da Capela Sistina
canta o "Requiem". Um livro dos Evangelhos é deposto sobre o féretro, colocado diante
do altar. Os celebrantes dispõem-se depois ao centro, os membros do coro (Capela Sistina
e Capela Pontifícia) à esquerda e as delegações oficiais à direita.
- A missa solene inicia-se com o Confiteor (ritual de confissão dos pecados no início
da missa) e com orações. Durante a liturgia da palavra são lidos excertos do livro
do Apocalipse, dos Actos dos Apóstolos e dos Evangelhos. Para João Paulo I tratou-se
de um excerto do Evangelho de João, que narra o episódio em que Cristo pergunta a
Pedro (considerado o primeiro dos Papas) se ele o ama e se o seguirá até ao fim.
O cardeal Ratzinger, decano do colégio de cardeais, profere a homilia. Contrariamente
às outras celebrações, nesta não há oração dos fiéis. Segue-se a eucaristia. A comunhão
é distribuída por centenas de padres. A missa prossegue com as últimas recomendações
e a recitação da litania dos santos. O vigário de Roma (cardeal Camillo Ruini) recita
a oração do adeus.
- O féretro é novamente transportado para o interior da basílica, acompanhado do cântico
"in paradisum". Na capela de Santa Marta o caixão é colocado dentro de um segundo
féretro, de chumbo, que, por sua vez, é colocado dentro de um terceiro caixão, de
olmo.
- Os restos mortais do Papa são depois trasladados para a cripta da Basílica, onde,
por fim, é sepultado na presença de cardeais, família e próximos do Sumo Pontífice.
Continuidade e fecunda inovação
“No ponto de vista social, o papel de João Paulo II foi, simultaneamente, de continuidade
dos seus antecessores e, por outro lado, de fecunda inovação. Continuidade, na medida
que manteve a Doutrina Social, a assumiu e procurou, naturalmente, actualizá-la. Fecundidade
inovadora, na medida em que encontrou novas perspectivas que justificam atento estudo
e ponderação no futuro. Saliento, em particular, o conteúdo da encíclica «Laborem
Exercens» que depois foi completada pela encíclica «Centesimus Annus». Estas encíclicas
têm conteúdos que, por razões diversas, não têm sido suficientemente aprofundados.
Naturalmente, que justificam um grande esforço de actualização e, sobretudo, um grande
compromisso de todas as pessoas ligadas ao mundo social e, em particular, ao mundo
laboral para que encontrem novas perspectivas de solução dos problemas que existem.
Na perspectiva social deixa uma herança de pesada mas sobretudo aliciante na medida
que convida o seu sucessor a aprofundar as mesmas questões, a actualizar as linhas
de orientação e, sobretudo, a motivar os crentes no sentido de serem fiéis aos mesmos
objectivos. A herança que deixa não é só para o seu sucessor é, no fundo, para todos
nós.”
Acácio Catarino
Associarem ao Papa na evangelização
“Para as editoras católicas foi uma grande oportunidade de se associarem ao Papa na
evangelização. No caso da «Paulus Editora» mais que uma devoção foi uma obrigação
dar voz à voz do Papa porque os paulistas têm, para além dos três votos regulares,
um quarto voto: fidelidade ao Papa. Este voto traduz-se na publicação de toda a doutrina
do Papa e, sobretudo, nas encíclicas, cartas e exortações.”
Pe. Agostinho França
Conciliou as exigências da fé e da razão
“O magistério de João Paulo II é muito rico, muito amplo e muito longo. Ele foi um
Papa de grande devoção de grande preocupação social. Fez encíclicas que percorrem
uma vasta gama de aspectos da vida de hoje. Passou a mensagem cristã e aprofundou-a
em todas as latitudes e etnias. Fez uma obra enorme que tenta conciliar as exigências
da razão e da fé. Um homem da Pastoral e um homem político porque é Chefe de um Estado.
A mensagem cristã vem sendo marcada com um vector forte de doutrina política.
A herança de João Paulo II para o seu sucessor não é pesada mas levíssima porque estas
heranças não são aditivas de peso. Deixa uma herança riquíssima cujos espíritos mais
abertos para outras dimensões das coisas que o próximo irá abrir para outros lados.
Quanto mais florescente for a pregação de um Papa mais leve torna a tarefa do seu
sucessor”
Barbosa de Melo
Deixou um rumo novo à Igreja
“Como homem foi transparente a Cristo. A vinda dele a Fátima tocou-me muito porque
estive em contacto com ele alguns minutos. Foi uma pessoa aceite pela universalidade
das pessoas e tocou no coração de toda a gente. Um homem que deixou muitas marcas
e que deixou um rumo novo à Igreja”
José Alberto Pinto Bastos
Interpelou os jovens
“Nós decretámos um luto nacional no Corpo Nacional de Escutas por 30 dias. Uma homenagem
a João Paulo II porque ele interpelou os jovens diversas vezes sempre com a força
das suas convicções extraordinárias. Havia um íman entre João Paulo II e os jovens.
Os jovens tinham uma grande admiração e empatia com o Papa. Marcou o seu tempo e a
juventude”.
Luis Lidington
Grande e extraordinário
“Um grande e extraordinário Papa. Sobe manter as tradições da Igreja e abriu a Igreja
ao mundo. João Paulo II foi actor nos seus tempos de jovem. Uma faceta que só os actores
é que ganham com isso. Para além deste aspecto, foi um exemplo para a Terceira Idade.
È preciso ter uma alma muito grande para aguentar o que ele sofreu”.
Ruy Carvalho
Fica na história
“João Paulo II fica na história da humanidade. O seu testemunho humano deixa marcas
e o exemplo que ele deu no seu sofrimento, agonia e tranquilidade. A acção de João
Paulo II foi um abrir de portas”.
Jorge Arroteia
Questões magnas da Igreja
João Paulo II debruçou-se sobre todas as questões magnas da Igreja e, naturalmente,
não esqueceu a mulher. Publicou um documento muito interessante, a Carta Apostólica
«Mulieris Dignitatem» que é certamente um documento importante para pensar o estatuto
da mulher no mundo e no plano da salvação. Eu creio que a mulher será considerada
como o espaço ideal da salvação. A mulher pode e deve ser repensada no nosso tempo.
João Paulo II através desse documento deu um contributo importante apesar de adiar
algumas questões: o acesso da mulher aos estados clericais. Provavelmente, adiou-as
porque devia fazê-lo. São questões magnas que têm de ser bem pensadas e bem rezadas
para saber o que o Espírito diz às Igrejas”.
Maria Armanda Sant-Maurice
(Agencia Ecclesia)