2005-04-05 14:46:08

O conclave para a eleição do sucessor de João Paulo II terá lugar na segunda feira dia 18 de abril.


A Congregação Geral dos Cardeais, reunida na Aula Nova do Sínodo, no Vaticano, decidiu a data de inicio do Conclave que elegerá o próximo Papa: será segunda feira dia 18 de abril. A notícia foi avançada pelo porta-voz do Vaticano, Joaquín Navarro-Valls.
Num encontro com os jornalistas que na sala de imprensa da Santa Sé, Navarro-Valls adiantou também que o testamento do Papa tinha sido lido e que será divulgado nesta quinta feira. João Paulo II será sepultado na cripta da Basílica de São Pedro, ocupando o lugar anteriormente ocupado pelo Beato João XXIII.
Relativamente ao nome do Cardeal "in pectore", o porta-voz do Vaticano disse que este não foi revelado pelo Papa no seu testamento.
O Mestre das Cerimónias Pontifícias, D. Piero Marini, explicou ontem aos jornalistas várias questões relacionadas com a sucessão do Papa e as cerimónias das exéquias, previstas na Constituição Apostólica “Universi Dominici Gregis” (UDG) de João Paulo II, datada de 22 Fevereiro 1996.
O período que vai da morte do Papa à eleição do seu sucessor (a chamada vagatura da Sé Apostólica) está estritamente legislado pelas leis eclesiásticas, em particular pela “Universi Dominici Gregis” (UDG). Os Cardeais, ao tratarem da vida da Igreja, reúnem-se em Congregação geral (todos os Cardeais) e Congregação particular. A primeira é presidida pelo Cardeal Decano e resolve as questões mais importantes; a segunda é formada pelo Cardeal Camerlengo e por três Cardeais, um de cada uma das ordens, sendo renovados de 3 em 3 dias, tendo como competência os assuntos ordinários.
Por morte do Papa, todos os Responsáveis dos Dicastérios da Cúria Romana, quer o Cardeal Secretário de Estado quer os Cardeais Prefeitos quer os presidentes Arcebispos, bem como os membros de tais Dicastérios cessam o exercício das suas funções. Exceptuam-se o Cardeal Camerlengo, com um papel de chefe interino da Igreja, e o Penitenciário-Mor, visto que o Tribunal da Penitenciaria Apostólica se ocupa de assuntos relacionados com o foro interno. O Cardeal Vigário Geral para a Diocese de Roma, o Cardeal Arcipreste da Basílica do Vaticano e o Vigário Geral para a Cidade do Vaticano não cessam as suas funções. O mesmo em relação ao Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica e ao Tribunal da Rota Romana. Os Secretários dos Dicastérios mantêm-se em funções e respondem perante a Congregação dos Cardeais.







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