2005-04-02 16:38:36

Situação na Guiné Bissau preocupa as Nações Unidas


O Conselho de Segurança das Nações Unidas pediu quinta-feira a todas as partes envolvidas na política da Guiné-Bissau que se comprometam inequivocamente com umas eleições presidenciais pacíficas e livres, evitando "inspirar ou promover qualquer espécie de hostilidades étnicas ou religiosas".
Numa declaração lida pelo embaixador brasileiro Ronald Mota Sardenberg, que foi em Março o presidente do Conselho, a ONU manifestou preocupação pelos recentes acontecimentos, muito em especial por o Partido da Renovação Social (PRS), com 26,5 por cento dos votos nas legislativas de 2004, ter nomeado o antigo Presidente Kumba Ialá seu candidato presidencial, para as eleições de 19 de Junho.
A decisão foi contra a Carta de Transição e poderá colocar em perigo o processo eleitoral, disse o Conselho de Segurança, enquanto o próprio Ialá ameaçava reassumir o poder pela força, no caso de o Supremo Tribunal de Justiça invalidar a sua candidatura. O ex-Presidente afirmou à agência Lusa que no caso de impedimento da sua ida às urnas revogará a carta de renúncia que assinou depois de em 2003 haver sido derrubado por um golpe de estado e reassumirá "imediatamente" funções.
Reagindo de imediato às ameaças de Ialá, o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), declarou que o Governo não irá permitir que ocorra naquela antiga colónia portuguesa qualquer acto capaz de perturbar a ordem.








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