2005-03-28 12:55:01

Não acreditar na Ressurreição de Jesus é destruir a fé católica, salientou o Patriarca de Lisboa na homilia de Páscoa


O cardeal-patriarca de Lisboa criticou a "moda" da redução da figura de Jesus Cristo à sua condição humana e sustentou que essa leitura, contrária aos Evangelhos, "destrói a fé" católica. D. José Policarpo falava perante uma assembleia de crentes na Sé Patriarcal de Lisboa, na homilia da Ressurreição do Senhor, no âmbito das celebrações católicas pascais.
"Jesus Cristo voltou a estar na moda na literatura, na arte, nos media, que procuram apresentá-lo apenas como um homem, extraordinário porventura, mas sujeito aos limites da raça humana", disse. RealAudioMP3
Provavelmente aludindo ao Código Da Vinci, o Patriarca de Lisboa afirmou que algumas pessoas não hesitam em "falsear a verdade histórica dos Evangelhos, chegando a acusar-se a Igreja de ter inventado a fé na Ressurreição e escondido a verdade histórica acerca de Jesus".
"Esquecem que a abordagem histórica de Jesus só é possível respeitando a historicidade dos Evangelhos. Mas é preciso reconhecer que essas abordagens livres e romanceadas da figura de Jesus exercem grande fascínio em muita gente, num ambiente geral de relativização da objectividade da verdade", sustenta.
Para D. José Policarpo, esta "moda" de reduzir a figura de Jesus a um homem resulta de um contexto cultural "que dificilmente aceita a dimensão transcendente da vida".
Na sua opinião, não acreditar na ressurreição de Jesus é "destruir a fé" católica, que acredita que "Cristo está vivo, porque ressuscitou dos mortos". RealAudioMP3
Ainda na homilia, D. José Policarpo anunciou que o Congresso Internacional da Nova Evangelização, que se realizará em Lisboa em Novembro, terá como tema "a vida em todas as suas dimensões, ameaças e problemas, mas também em todas as suas expressões e testemunhos de quem acredita e luta" por ela.
"Esse é, aliás, um testemunho cada vez mais necessário nos nossos dias: o testemunho daqueles que respeitam a vida, que lutam por ela, a querem descobrir e construir de mãos dadas, afirmando a vitória da vida sobre a morte, da generosidade e do amor sobre todas as formas de egoísmo", afirmou.
Para o cardeal-patriarca, esse testemunho "tem de ser credenciado também pela coerência na defesa e na promoção da vida, o que pode revestir a forma de intervenção cultural, social e mesmo política".







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