O Amor ao inimigo:esta tarde celebração da Paixão do Senhor, na Basilica Vaticana
e á noite, Via Sacra no Coliseu.
Na Sexta-Feira Santa, a liturgia católica recorda que, no auge da tortura e do sofrimento,
Jesus perdoou aos que o executavam Jesus morreu depois de torturado e pregado numa
cruz, passando esta a simbolizar, para os cristãos, o dom total de Cristo pela salvação
de todos os homens e mulheres. Se ela traduz, assim, um terrível sofrimento, adquire
também, para os crentes, o significado simultâneo de despojamento e plenitude.
A cruz é símbolo desse despojamento quase absurdo, sinal do desarmamento divino. Mas
que assume em si quotidianos de sofrimentos, alegrias, lutas e júbilos.No decorrer
da história, a cruz acabou por ganhar, para muitos cristãos, uma dimensão totalitária,
esquecendo que ela testemunhava outro sinal maior - o da vitória sobre a morte como
o último dos limites da humanidade. No seu sentido profundo, a cruz assume os fardos
de cada um. Nela, cada um assume os fardos dos outros.
Esta tarde na Basílica de S. Pedro, com inicio ás 17h00 o Penitenciário Mor, cardeal
James Francis Stafford, presidirá em nome do Papa a Celebração da Paixão do Senhor
.
Esta noite, com inicio ás 21h05, no Coliseu de Roma terá lugar a Via Sacra. Cinquenta
e quatro televisões de 39 paises estarão ligadas com o Coliseu para esta Via Sacra,
a primeira vez que não será guiada por João Paulo II, convalescente após a traqueotomia
a que foi submetido no dia 24 de Fevereiro passado.