2005-03-24 18:26:15

Que Maria nos ajude a abeirarmo-nos com fé do inestimável Mistério do amor divino,são os votos formulados por João Paulo II na mensagem lida em seu nome, no inicio da Missa da Ceia do Senhor na Basilica de S. Pedro.


“Que Maria nos ajude a abeirarmo-nos com fé do inestimável Mistério do amor divino, que é a Eucaristia foram os votos formulados por João Paulo II na mensagem enviada esta tarde aos participantes na Missa Vespertina da Ceia do Senhor, presidida em seu nome, na Basílica de S. Pedro, pelo presidente do Conselho Pontifício para a família, Cardeal Afonso Lopez Trujillo.
Na sua mensagem o Papa enviou uma saudação afectuosa aos participantes na celebração e de maneira particular ao Corpo Diplomático, e salientou que o ano eucarístico que estamos a viver encontra na celebração da Missa da Ceia do Senhor um momento altamente significativo
. Com esta celebração iniciou o Triduo Pascal da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor. Foi comemorada a instituição dos Sacramentos da Eucaristia e da Ordem e o mandamento do Amor (o gesto do lava-pés).
Na homilia o card. Lopez Trujillo salientou que somos chamados a uma profunda conversão a Deus e aos verdadeiros valores sem os quais não haverá um futuro digno do homem, imagem de Deus, que pela redenção atinge a mais alta dignidade de imagem: ser filhos de Deus. O Verbo incarnado é o grande dom do Pai há humanidade disse depois o purpurado citando uma passagem da carta que João Paulo II dirigiu aos sacerdotes do mundo inteiro por ocasião desta Quinta Feira Santa:” O corpo e o sangue de Cristo são entregues para a salvação do homem, do homem todo e de todos os homens. É uma salvação integral e simultaneamente universal, porque não há homem - salvo livre acto de recusa - que esteja excluído da força salvadora do sangue de Cristo”.
Perante este grande mistério - salientou depois na sua homilia o Card.Afonso Lopes Trujillo – eis porque é um escândalo que aqueles que se dizem cristãos atraiçoem aquele amor com a violência, a inimizade e o desprezo dos mais pobres; é um abuso que invocando o Nome de Deus, e também em nome de Deus, semeiem ódio, conflitos e terrorismo.
“A Eucaristia – disse a concluir - dilata o coração da inteira família humana, pelos mais pobres e necessitados, que têm o direito a uma globalização da solidariedade, e ao reconhecimento e ao respeito dos direitos do homem e dos direitos da família, que são fundamentais. Os mais débeis, inocentes, sem defesa, doentes são muitas vezes considerados um fardo pesado. O homem não é arbitro da vida e não pode negar aquele dom precioso. Nós não podemos odiar aquilo que Deus ama”.
Durante o rito do lava pés a assembleia foi convidada a um gesto de caridade através da oferta recolhida depois durante o ofertório e entregue ao Papa para as populações da Venezuela, atingidas pelas inundações devastadoras de Fevereiro passado.
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“Que nunca faltem na Igreja numerosos e santos sacerdotes. Estes os votos formulados pelo Papa João Paulo II na mensagem enviada esta manhã aos participantes na Missa crismal, presidida em seu nome pelo Prefeito da Congregação para os Bispos, o Cardeal João Batista Re na Basílica de S. Pedro.
O Papa seguiu esta celebração através da televisão, como ele próprio disse na sua mensagem lida pelo card. Re. Impedido de participar, porque convalescente, João Paulo II uniu-se idealmente e enviou a sua saudação a cardeais, bispos, sacerdotes da diocese de Roma e do mundo.
Convosco - disse o Papa na sua mensagem – dou graças a Deus pelo dom e mistério do nosso sacerdócio; convosco e com a família dos crentes, peço que nunca faltem na Igreja numerosos e santos sacerdotes.
Durante a celebração foram benzidos os óleos dos catecúmenos e dos enfermos e consagrado o Santo Óleo do Crisma.
Na homilia o Cardeal João Batista Re salientou o facto da liturgia da Missa Crismal reservar uma atenção especial e um relevo privilegiado ao sacerdócio ministerial.
Uma festa na qual - disse dirigindo-se aos numerosos presbíteros presentes - somos convidados não só a renovar os empenhos ligados á ordenação, mas também a reavivar a frescura dos sentimentos que inspiraram a nossa doação ao Senhor, aprofundando e saboreando de novo a beleza do gesto da nossa resposta á vocação a seguir Cristo de perto.
Somos chamados - acrescentou depois – a efectuar um serviço a favor dos homens e mulheres em nome de Deus a desempenhá-lo com os traços característicos do Bom Pastor. O bem espiritual de numerosas pessoas e também a salvação, talvez de muitos, está ligada á nossa santidade de vida e á nossa obra pastoral.
A nós presbíteros e bispos, a Quinta Feira Santa abre o coração a renovar as promessas com as quais nos ligámos a Cristo sacerdote no dia da nossa Ordenação e pede-nos o empenho, e diria, o gosto de viver em plenitude a beleza do nosso ministério, na sequela de Cristo, dedicados com alegria ao serviço dos outros”.









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