2005-03-21 08:45:42

No Zimbabwe os imigrantes não poderão votar nas eleições do dia 31 de março


Mais de três milhões de eleitores zimbabweanos a viver no estrangeiro estão impedidos de participar nas legislativas do Zimbabwe de 31 de Março, depois de o Tribunal Supremo ter indeferido o pedido de um grupo de cidadãos radicados na Grã-Bretanha para votar pelo correio. Apenas diplomatas, pessoal militar e suas famílias podem votar do estrangeiro, segundo a legislação nacional.
Os opositores de Mugabe, associaram esta decisão ao receio do Governo de ver os eleitores no estrangeiro votar em massa contra o ZANU-PF (no poder). Cada vez mais pessoas emigraram desde o agravamento de uma crise política e económica que os mais críticos associam à governação de Mugabe.
O impedimento do voto no estrangeiro junta-se a uma série de decisões que estão a pôr em dúvida a transparência das próximas eleições de 31 de Março, como o facto de apenas estar autorizada a presença de observadores provenientes de países africanos escolhidos pelo Governo de Mugabe e a existência de leis restritivas da imprensa que já levaram ao encerramento, temporário ou definitivo, de jornais privados.
Estas são questões particularmente sensíveis, depois do não reconhecimento - pela oposição e pelos observadores internacionais - dos resultados das legislativas de 2000 e das presidenciais de 2002 que deram a vitória a Mugabe. A UE impôs sanções a Harare e a Commonwealth votou a favor da suspensão do Zimbabwe como país membro, após considerar que a violência tinha comprometido a transparência do voto de 2002.







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