Aumenta o numero de peregrinos na Terra Santa

Cerca de 15 mil peregrinos cristãos chegarão à Terra Santa para as celebrações e ritos de Semana Santa, que se iniciaram ontem com a procissão de Domingo de Ramos.
Nos últimos anos – devido ao reacender dos conflitos em Setembro de 2000 -, o número dos peregrinos cristãos tinha vindo a cair progressivamente. A situação de relativa calma que impera na zona desde 8 de Fevereiro, quando palestinianos e israelitas declararam tréguas na Cúpula do Sharm O-Sheij, contribuiu para inverter essa tendência, provocando o recente aumento no que se acredita será o retorno maciço de peregrinos aos lugares santos.
A Procissão dos Ramos, pelo Monte das Oliveiras serpenteou por entre aldeias palestinianas do leste de Jerusalém, onde o grosso da população árabe professa o Islão. Para chegar à cidadela teve de cruzar o “muro de segurança” de oito metros que Israel construiu na Cisjordânia.
Os católicos são minoria entre os mais de 160 mil cristãos que vivem na Terra Santa, um número que decaiu com os anos. Em Israel, os cristãos apenas representam 9% da minoria árabe e 2,1% da população total do país, de quase 7 milhões de habitantes. Em 1949, um ano após a proclamação do Estado de Israel, os cristãos representavam 20% da minoria árabe.
Por explícita vontade dos Papas, desde 1618 a Igreja universal lembra na Sexta-feira Santa, através da oração e de uma colecta, a comunidade católica que vive na Terra Santa. O responsável pela Custódia Franciscana da Terra Santa, Frei Pierbattista Pizzaballa, referiu à agência Sir que “as raízes da Igreja universal estão em Jerusalém, pelo que os Lugares Santos não pertencem apenas à comunidade local, mas a toda a Igreja”.
O Custódio não deixa de destacar a importância da colecta de Sexta-feira Santa, ressaltando que esta “é uma forma concreta de solidariedade e de unidade para com a Igreja mãe”.
Os fundos recolhidos são utilizados para a manutenção das obras das diversas Igrejas de Jerusalém e dos Lugares Santos: “escolas, santuários, instituições de caridade e de assistência social”.