Concluíram-se
na passada sexta feira os trabalhos da 49ª sessão da Comissão do Estatuto da Mulher
da Organização das Nações Unidas (ONU) com um apelo aos governos, organizações internacionais
e regionais, sectores da sociedade civil e a "todos os homens e mulheres" para uma
efectiva igualdade de oportunidades entre os géneros, tal como consagrada na Declaração
de Pequim, subscrita há dez anos.
As duas semanas de reuniões terminaram com a assinatura de um outro documento, em
que os países reforçaram o compromisso com a agenda de Pequim e prometeram novas medidas
para a sua concretização.
Os representantes dos países e das organizações que participaram na 49ª sessão da
Comissão do Estatuto da Mulher avaliaram os progressos dos últimos dez anos. "Houve
alguns progressos notáveis, por exemplo no acesso das raparigas à educação ou na consagração
de direitos legais às mulheres", observa a directora da divisão para o avanço das
mulheres do Departamento de Assuntos Económicos e Sociais da ONU, Carolyn Hannan.
No entanto, persistem ainda muitos indicadores negativos "e que requerem atenção urgente",
nomeadamente em termos de violência contra as mulheres, falta de oportunidades económicas
e desigualdade de representação no processo decisório, acrescenta.
Entre as principais preocupações da ONU estão o tráfico de mulheres e crianças, a prevalência de casos de HIV/sida entre as mulheres, o aumento da taxa de violência e a inexistência de políticas e meios de assistência médica em termos de saúde reprodutiva e sexual.
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