2005-03-10 16:56:07

A Igreja católica na Bolivia preocupada com a instabilidade no país


A Conferência Episcopal Boliviana (CEB) pediu às forças políticas e sociais do país que trabalhem no sentido de promover a reconciliação, deixando de lado as “posições polarizadas e irreconciliáveis” e avançando para uma “trégua social”.
Numa nota pastoral sobre a instabilidade no país, os Bispos bolivianos escrevem que “chegou a hora de retomar o dialogo e a capacidade de concertação; é necessário assumir a co-responsabilidade do grave momento que vivemos, para defender o que até hoje conseguimos”.
O parlamento da Bolívia recusou dia 8 por unanimidade, o pedido de demissão apresentado há dois dias pelo presidente Carlos Mesa. Este tinha chegado ao poder em Outubro de 2003, depois da renúncia de Gonzalo Sánchez de Lozada, que caiu durante sangrentos protestos sociais contra um projecto de exportação de gás natural.
O presidente Mesa e os líderes dos grupos parlamentares ratificaram terça- feira à noite um pacto nacional destinado a retirar o país da crise. Carlos Mesa continuará a governar a Bolívia, agora com o consenso de todas as forças políticas, exceptuando o Movimento Para o Socialismo, que recusou o acordo e ameaçou mesmo prosseguir as acções de protesto que estiveram na base do pedido de demissão apresentado por Mesa.
“Esta situação de dispersão política e social põe em risco a estabilidade democrática e a própria institucionalidade do país”, alerta a CEB.
Em conclusão, os prelados dirigem-se à comunidade nacional e internacional para expressar a “firme convicção e confiança de que o povo boliviano será capaz, uma vez mais, de superar estas dificuldades, conquistando uma maior maturidade e cultura democrática, que nos permita contribuir para uma paz duradoura, baseada na justiça, na verdade, na solidariedade e no amor”.







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