2004-11-13 18:47:34

JPII aos médicos católicos italianos: "A Medicina deve respeitar o homem e seu sofrimento"


Cidade do Vaticano, 12 nov (RV)- A Medicina deve se esforçar para ser "interlocutora de todo ser humano doente, sem ceder a discriminações, mas indo ao encontro das necessidades de toda a pessoa". É a reflexão contida na mensagem de JPII ao Dr. Domenico Di Virgilio, Presidente da Associação Médicos Católicos Italianos. Como médicos, evidencia o Papa, vocês têm "uma oportunidade privilegiada de contribuir para a edificação de um mundo sempre mais em conformidade com a dignidade do ser humano".

"Nenhum tipo de pesquisa _ adverte o Papa _ pode ignorar a intangibilidade de todo ser humano individualmente considerado: violar essa barreira significa abrir as portas a uma nova forma de barbárie."

Dirigindo-se aos médicos católicos, por ocasião 23º congresso nacional de sua associação, o Pontífice ressalta que, em nossa sociedade "prevalece por vezes uma mentalidade arrogante, que pretende discriminar entre vida e vida, esquecendo que a única resposta verdadeiramente humana diante do sofrimento do outro, é o amor que se prodigaliza no acompanhamento e na partilha".

"Não deixando de lado a dimensão espiritual do homem _ observa JPII em sua mensagem _ os médicos devem colocar-se à escuta de todo homem, sem distinção, e acolhendo todos para aliviar os sofrimentos de cada um."

O homem, reitera o Pontífice, "é o centro e o vértice de tudo que existe na terra: nenhum outro ser visível possui a sua mesma dignidade". Portanto, hoje mais do que nunca, a inviolável dignidade da pessoa deve "ser afirmada com veemência e coerência".

Nesse ponto de sua mensagem, o Santo Padre adverte que "não se pode falar de seres humanos que não "são mais pessoas" ou que "ainda devem tornar-se pessoas", uma vez que a dignidade pessoal pertence radicalmente a cada ser humano e nenhuma disparidade é aceitável nem justificável".

A seguir, o Papa evoca os princípios éticos radicados no juramento de Hipócrates: "Não existem vidas indignas de serem vividas _ afirma com veemência _ assim como não existem sofrimentos, por quanto penosos, que possam justificar a supressão de uma existência; não existem razões, por quanto altas _ lê-se ainda na mensagem _ que tornem plausível a "criação" de seres humanos destinados a ser utilizados e destruídos."

Por fim, JPII exorta os médicos católicos a se inspirarem sempre, em suas escolhas, na "convicção de que a vida deve ser promovida e defendida desde sua concepção até a morte natural". (RL)








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