Luzes e sombras da evangelização na África

Acra (Gana), 11 nov (RV)- A poligamia, os casamentos celebrados apenas com os ritos tradicionais, mas não na Igreja, a investida das seitas, a falta de recursos financeiros para o trabalho pastoral dos sacerdotes e dos catequistas, a necessidade de evangelizar os jovens e ajudá-los a superar obstáculos como o analfabetismo, a dependência das drogas e a exploração sexual.

Esses são apenas alguns dos temas que interpelam a Igreja africana em matéria de evangelização. Sobre essa complexa problemática discorreu, nesta quinta-feira, Dom Joseph Osei-Bonsu, Bispo de Konongo-Mampong (Gana) em seu pronunciamento no congresso sobre comunhão e solidariedade entre a África e a Europa, em curso nestes dias, em Roma. Trata-se de uma iniciativa do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCCE) e do Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagáscar (SECAR).

O bispo ganense colocou em evidência luzes e sombras da evangelização na África, que vê fatos positivos como, por exemplo, o aumento das vocações à vida sacerdotal e religiosa. "Infelizmente _ precisou o Bispo _ em alguns países, como Gana, não é permitida nenhuma atividade religiosa nas emissoras de rádio."

No que diz respeito ao diálogo com o Islamismo (em alguns países onde os muçulmanos são maioria, os direitos dos cristãos não são respeitados) Dom Osei-Bonsu sugeriu "o respeito mútuo" e a necessidade de denunciar "às atitudes incorretas e à falta de reciprocidade na liberdade religiosa''. (MZ)