Cidade do Vaticano, 02 nov (RV)- Um contexto tristemente familiar de "um círculo sem fim de violência e terrorismo, ações militares e reações, uma série de represálias que geram mais violência: essa é a situação por demais conhecida, que martiriza a Terra Santa": foi o que denunciou, mais uma vez, o Observador Permanente da Santa Sé na ONU, em Nova York, Arcebispo Celestino Migliore, comentando ontem, segunda-feira, o relatório da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos no Oriente Médio (UNRWA).
"Uma análise realista da situação _ disse o prelado _ mostra que existe muita retórica sobre como instaurar a paz", mas pouca política para recompor as diferenças. "A relutância da comunidade internacional a desafiar a liderança israelense e palestina a negociar em boa fé" contribuiu para o insucesso do "Roteiro da paz", o último plano de paz para a região.
"Sem essas indispensáveis negociações, não há oportunidade de reconciliação, perdão, compromisso ou colaboração, que são os pré-requisitos para uma paz duradoura na região" _ acrescentou Dom Celestino Migliore.
O Arcebispo lamentou que os habituais níveis de violência mantenham os peregrinos distantes da Terra Santa, penalizando economicamente, ainda mais, todos os habitantes da região, e criando obstáculos até mesmo ao direito dos povos do mundo inteiro, de visitar e rezar nos lugares religiosos.
Daí o auspício de que a família das NN.UU. desafie todos os protagonistas dessa trágica espiral de violência a renovar seus esforços a fim de levar a paz àquela região.
"Somente com uma paz justa e duradoura, não imposta mas garantida mediante negociações _ concluiu o Observador Permanente da Santa Sé na ONU _ serão realizadas as legítimas aspirações de todos os povos." (RL)
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